... Ou quando fui Erik, de O Fantasma da Ópera
Sou eu, outra vez, o anjo terrível
A criatura mais feia do paraíso
Rosto como crânio
Máscara para o covarde
Sobre um coração humano
Sou eu, sim, sou eu
Uma alma sem perdão
Expurgada também no seu olhar
Por quê? Se há uma razão?
Me permitir à vida?
Que tipo de piada?
Que tipo de tragédia?
Quais foram os meus crimes?
Para ter de carregar esse rosto
Em cima de um coração vivo
Diz, por misericórdia, diz
Qualquer que seja o pai ou a mãe
Do mundo dos homens
Por piedade desse filho
Criatura dos horrores
Ou, então, não me dê razão
Não me diga nada, absolutamente
Apague minhas perguntas
Rejeite a alma angustiada
Se houver piedade
De pé, nas águas desse lago
Eu vejo a última luz
Que brilha em Christine Daaé
E o seu vulto desaparece
De volta à superfície
Eu desejei o amor de Christine
Eu admito, por vaidade
Mas, enquanto ela se vai
E eu fico aqui
Estou morrendo
Eu estou morrendo de amor
Quem sabe, isso me valha
E, um dia, talvez, eu retorne
O anjo terrível, perdoado
Sem máscaras noparaíso
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Adeus aos Pássaros
PoetryTodas as poesias que eu escrevo para livros lidos Meu último adeus às suas histórias E personagens que, um dia, eu fui Minha gratidão para autores Suas almas em caleidoscópio E meu jeito de deixar um livro partir... Como pássaros