Através do Tempo

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Ace guiou Takemichi de volta ao convés, o apresentando aos homens como um novo companheiro, isso se tornou um novo motivo para comemorarem e o usuário da Mera Mera no Mi sorriu enquanto via seus companheiro se divertirem, sentando-se para se empanturrar.

Para sua surpresa, Takemichi era bem obediente e simplesmente sentou do seu lado, comendo apenas quando lhe ofereciam e evitando bebida alcoólica, Ace se pegou o olhando de vez em quando, interessado no viajante no tempo que parecia deslocado no navio pirata.

Assim que cansou de festejar, o Hiken levantou, pronto para ir se deitar, erguendo uma sobrancelha ao ver Takemichi se levantar também.

- Está tudo bem se quiser ficar se divertindo mais um pouco, duvido que consiga vencer todos nós de todo jeito - O maior deu de ombros.

- N-na verdade eu prefiro ir me deitar - Takemichi murmurou, as bochechas vermelhas de vergonha fazendo o pirata suspirar.

- Certo, vamos indo então, vou separar uma roupa para você se trocar e ficar mais confortável para dormir.

- H-hai.

Takemichi seguiu o maior, a mente a mil, ele queria um caderno, tinha pego essa mania de Naoto, anotando tudo o que poderia se lembrar do passado para o outro examinar.

- Você é bem calado - Ace comentou enquanto abria a porta de um dos quartos buscando entre os baús de roupa.

- E-eu nunca fui de chamar atenção - O menor confessou.

- Como é o futuro? - Ace o encarou, confessava que estava curioso sobre isso.

- E-eu não sei se posso falar muito, isso pode alterar coisas importantes.

- Mas estamos tão distantes no tempo, não sei o que eu poderia saber para alterar tudo - O olhar desacreditado fez Ace rir - Certo, certo, então me conte sobre suas aventuras, acho que sendo tão específico não faz mal, certo?

Takemichi franziu o cenho, Ace quase conseguia ver as engrenagens girando, como Luffy, fofo.

- Certo, acho que não tem problema, e-eu posso ter um caderno e lápis? G-gosto de anotar tudo o que faço quando salto no tempo...

- Não vejo porque não! - Ace jogou a roupa contra si começando a buscar por um caderno - Se troque, amanhã teremos um dia cheio!

- A-aqui? N-na sua frente?

- Algum problema? - O maior encarou o viajante no tempo que estava extremamente vermelho, ok, ele era tímido - Tem um banheiro seguindo até o fim do corredor, vou te dar dez minutos.

- O-obrigado! - Takemichi correu porta a fora e Ace riu.

- Ele pareceu interessar o Oyaji - A voz fez o segundo comandante se virar encarnado um de seus companheiros.

- Teach, sabe como Pops é

O homem sorriu, alguns dentes lhe faltavam.

- Sim, eu sei, por isso me preocupo, ele é ingênuo.

- Ele é bondoso - Ace deu de ombros - E Takemichi não fará mal a nenhum de nós.

- Como pode ter certeza? O conheceu a apenas algumas horas...

- Eu confio em meu instinto.

A porta tornou a abrir e Takemichi entrou, as roupas tinham ficado folgadas nele e Ace riu com isso.

- Certo, Takemichi, você vai dormir na rede ao lado da minha!

- H-hai!

O Hanagaki encarou o moreno até então desconhecido franzindo o cenho, já tinha visto a foto dele em algum lugar... provavelmente nos livros de história que falavam sobre a Era dos Piratas... ele seria tão importante assim?

- Teach, estamos indo dormir um pouco, vai nos acompanhar?

Takemichi tencionou ao ouvir o nome, mas tentou agir naturalmente enquanto pegava o caderno que lhe era oferecido, subindo na rede para escrever.

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Diário de Bordo de Hanagaki Takemichi dia 01.

Era para eu estar morto... que belo jeito de começar, mas era a verdade, era... era o que eu queria, estar morto, eu sei bem que ouvi o som do trem daquela vez, o vi chegando antes de dar o passo mortal, mas... cá estou, 3.500 anos no passado.

Eu parei dentro do barco de Barba Branca, Barba Negra ainda está a bordo, o que significa que a perseguição de Portgas D. Ace ao ex companheiro que culminou na guerra por sua vida onde ele morreu não começou, eu não sei se quero alterar esse passado, não sei por que estou aqui, não era minha intenção voltar.

Levei muito tempo para ajeitar tudo para todos, ainda sim Manjiro preferiu se corromper, não quero saber dos motivos dele, mesmo que me doa, foi o que ele escolheu e eu não estou disposto a mais de tudo aquilo, queria o entender, sim, mas sem precisar viajar de novo.

Maldita fruta! Maldito coração mole! Maldito mundo! Agora cá estou, a mercê de um Imperador e seu segundo comandante.

Será que serei dado como desaparecido em meu tempo? Como morto? O que preciso fazer ainda para o mundo decidir me ceder essa condição?

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- Você escreve bastante - A fala sonolenta fez Takemichi se assustar se virando para a rede ao lado, sequer tinha visto Ace se deitar.

- E-eu estou incomodando? D-desculpa!

- Não, não se preocupe, eu não preciso de muito para dormir, muito pelo contrário - O pirata riu - Mas já faz um tempinho que está escrevendo sem parar, seria melhor que você dormisse, amanhã te guiarei para o navio que faz parte da minha divisão e começarei a te apresentar a vida de um pirata.

Takemichi assentiu, guardando suas coisas e fechando os olhos.

- B-boa noite.

- Boa noite, Takemichi.

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Takemichi praticamente se escondia atrás de Ace enquanto todos começavam o dia, tomando café da manhã juntos, os líderes de cada divisão e o líder da tripulação.

Barba Branca sorriu achando adorável a forma que o viajante parecia querer sumir entre homens poderosos que se atacavam enquanto comiam, animados com a volta do imediato após uma missão particularmente longa.

- Ace, o que vão fazer hoje? - Barba Branca questionou, todos se calando imediatamente para ouvi-lo.

- Irei inspecionar todos os navios da minha divisão, alguns sofreram danos na última luta.

- Bom, estamos passando perto de uma ilha, leve um bote até lá e compre roupas que sirvam em Takemichi, ele não será capaz de trabalhar com roupas grandes.

- Como quiser, Oyaji.

Takemichi inclinou a cabeça, o caderno aberto em sua mão enquanto escrevia, interessado, sabia bem de quem Ace era filho, então por que ele chamava Barba Branca de pai?

Ele poderia se distrair conhecendo pessoalmente a vida de figuras histórias importantes enquanto não descobria como voltar para casa.