Culpa

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nao falo mt aqui mas eh só p avisar q troquei o nome do capitulo pq a história tb está sendo publicada no spirit (chavepix) dai como eu tive q editar lá, eu editei aqui tb por via das dúvidas não confundir ngm

Benício

Suas paredes internas me apertavam e eu senti como se estivesse no céu. As unhas curtas arranhavam minhas costas numa tentativa de aliviar o tesão. Mordi o lábio inferior reprimindo um gemido quando encostei em algo macio. Percebi que havia encontrado o ponto chave dentro de seu corpo e comecei a estocar apenas ali, vendo-o revirar os olhos. Chico resmungava coisas sem nexo enquanto rebolava na direção da minha virilha, como uma forma de sentir meu pênis indo mais fundo dentro de si.
Levei minha mão até seu falo esquecido entre nossos corpos e iniciei uma masturbação lenta, aumentando a velocidade gradativamente até ela chegar ao mesmo ritmo das estocadas. O ômega estremeceu, e eu percebi que ele estava próximo de um orgasmo. Depois de mais algumas estocadas, Chico gozou na minha mão. Apertou-me dentro de si e eu acabei chegando ao meu ápice e atando dentro dele. Cometemos o erro de transarmos sem camisinha e eu espero que ele não esteja nenhum pouco perto do periodo fértil.
Agarrei o seu corpo contra o meu, esperando meu pau desinchar enquanto ouvia a respiração de Chico se regular.
— Meu deus, isso foi tão bom. — Ele sussurrou em meu ouvido, me abraçando com mais força. — A gente pode ir de novo?
— Meu nó nem desinchou e você já tá querendo de novo? — Mordi seu lobulo, dando um tapa em sua bunda gorda.
— Você é muito gostoso. — Ele sussurra, como se fosse um segredo e eu sorrio.
Uns minutos depois, pude sair de dentro dele e vi meu sêmen escorrendo para fora. Isso me excitou um pouco, e eu me coloquei no meio de suas pernas, abrindo-as.
— Posso te limpar?
— Claro que pode. — Chico me olha e eu tenho a certeza que eu nunca vi ômega mais bonito que ele.
Seus cabelos tão escuros quanto a noite lá fora estão espalhados pelo travesseiro, parte dele está grudada no rosto bronzeado molhado pelo suor. Os grandes cílios que adornam as orbes estão cheios de gotículas de lágrimas que não desceram por seu rosto. Lágrimas essas que eu espero que sejam por conta do prazer que eu proporcionei a ele. O corpo pequeno e esguio deitado no colchão numa posição confortável para descansar das recentes atividades que realizamos. As pernas lisas estão posicionadas nos meus ombros, me dando liberdade para eu fazer o que quiser com seu interior. Sorrio de lado apreciando a visão.
— O que foi? — Ele pergunta envergonhado. As bochechas agora coradas.
— Você é o ômega mais lindo que eu já vi. — Digo enquanto me ponho na altura de sua entrada.
— Aposto que fala isso pra — Ele foi interrompido por uma lambida minha.
Seu ânus contrariu e Chico mordeu o lábio inferior, gemendo em seguida. Continuei lambendo todo o buraco, incluindo sua lubrificação natural que saia com abundância por conta dele estar sentindo prazer.
— Seu gosto é tão bom. — Murmuro, sugando o líquido do botão rosado entre as bandas da bunda.
Ele se contorce, arqueando as costas. Continuo meu trabalho de limpa-lo todinho, levando a língua até sua bolas e voltando para o buraco.
— P-para. — Sua voz sai manhosa e eu lhe olho. — Eu vou gozar de novo.
Dou uma risadinha e paro o que estou fazendo. Me sinto cansado. O cheiro de açaí esta no ar, e eu garanto que o meu está também. Trato de me controlar e me jogo na cama, ao lado de Chico.
Aninho meu corpo ao seu, abraçando-o e colocando sua cabeça deitada no meu peito. Não demora muito e eu o escuto ressonar baixinho. Meus olhos pesam e eu sinto uma paz no meu coração antes de fechar minhas orbes para só acordar no dia seguinte.

[...]

No entanto, o amanhecer não foi como eu esperava. A culpa me veio como uma bigorna, pesando sobre as minhas costas quando eu acordei e percebi que Chico estava deitado ao meu lado. Fazia um tempo que eu estava insatisfeito com Stephanie mas isso não era motivo para trai-la. Apesar disso, eu o fiz e ainda foi com um amigo de infância. O ômega gosta de mim, eu sei, mas eu não sei se gosto dele. Eu deveria gostar? Claro que não. Eu sou casado. Muito bem casado, com uma mulher ômega que me ama. E eu amo ela. Dou uma risada incrédula. Ah quem eu tô querendo enganar? Não posso nem colocar a culpa na bebida. Ela só trouxe a tona os sentimentos que estavam escondidos desde a hora que eu cheguei. Mas isso não pode acontecer de novo. Eu preciso ser fiel. Se não estou satisfeito, é só me separar. Simples, assim.
Levanto da cama e cato minhas roupas no chão, vestindo-as e procurando vestes limpas na minha mala jogada. Pego as peças e uma toalha no armário rde Chico e saio do quarto na ponta do pé, na esperança de deixá-lo dormindo mais um pouco. Vou fazer minhas higienes e encontro Ana no meio do corredor. Ela da um sorriso pra mim e em seguida funga, erguendo a sobrancelha em seguida. Acho que ela percebeu que meu cheiro de bambu está misturado com o dele. Adentro o banheiro antes da mulher conseguir me fazer alguma pergunta e mal vesti as roupas e já vou tirando-as e me enfiando debaixo do chuveiro. Pego o sabonete e esfrego-o em meu corpo como se estivesse tentando me limpar de algo que não quer sair de jeito nenhum. Não demora muito e eu percebo que esse desespero em me limpar não vai adiantar nada, porque eu não quero me livrar de algo físico, e sim emocional. Quero que esse banho tire minha culpa e leve embora qualquer resquício da noite passada. Ele pode sim tirar o sêmen do meu corpo e a água pode levar embora o bafo de álcool quando eu escovar o dente, mas as gotículas escorrendo não desfazem algo impossível de ser desfeito.
Desisto de ficar filosofando debaixo do chuveiro e desligo o registro, me preparando para tomar alguma atitude em relação a esses sentimentos. Me seco e visto a roupa limpa, escovando os dentes e me arrumando rapidamente antes de sair do banheiro. Volto para o quarto e vejo que Chico já está acordado. Seus olhos estão abertos, mas o garoto ainda se mantém estirado sobre a cama. Quase me perco nos meus objetivos quando aquelas orbes cor de mel se cruzam com as minhas, mas fecho o olho e organizando meus pensamentos.
— Bom dia. — A voz manhosa e levemente rouca por ele ter acordado agora diz e eu me aproximo.
— Bom dia. — Falo num tom seco e Chico se levanta com o cenho franzido, cobrindo seu corpo ainda desnudo com o lençol.
— O que foi? — Ele tombou a cabeça pro lado de uma maneira fofa e mais uma vez eu me amaldiçoei por tê-lo achado atraente.
— Nada. Eu só … — Mordo o lábio inferior, desviando o olhar.
— Fala logo, Benício. Eu consigo sentir seu cheiro apreensivo. — Ele da uma fungada no ar e logo faz uma expressão séria. Eu respiro fundo, finalmente tomando a coragem necessária.
— Eu queria falar sobre a noite passada. — Me senti na beirada da cama, lhe olhando.
— O que tem ela? Você não gostou? — Ele faz um biquinho e eu solto um suspiro.
— Eu gostei. Pra caralho. Mas ela não pode acontecer de novo.
— Ah, eu já deveria imaginar que você falaria isso. — Ele parecia um pouco chateado e é compreensível. Eu não pensei em como seria a noite depois da transa, só consegui pensar com a cabeça debaixo enquanto estávamos transando.
— Me desculpa. Eu fui o errado na situação. Sou casado. Eu não deveria ter feito isso. — Falei, explicando mais para mim do que para ele.
— Tudo bem. Eu entendo. — Forçou um sorriso e se levantou da cama, catando suas roupas no chão e pegando novas no armário.
— Desculpa. — Me levanto, caminhando para a porta. — Sei que é meio idiota eu falar isso mas, espero que não afete nossa amizade.
— Não vai afetar. — Entretanto, sua voz e seu cheiro denunciavam outra coisa e eu decidi sair de lá antes que as coisas pudessem piorar entre nós dois.
Fui para a cozinha e me sentei a mesa, vendo seu Francisco e dona Raimunda tomarem café. Cumprimentei eles e comecei a me servir. Não demorou muito e Chico entrou na cozinha. Só murmurou um bom dia e não disse me disse mais nenhuma palavra o dia inteiro. Na realidade, isso se sucedeu por dias e até os moradores da casa estranharam. Ouvi-o inventando uma desculpa e usei a mesma para justificar o nosso afastamento. Eu não podia nem reclamar. Era a minha sentença por ter sido babaca.

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