Capitulo 8

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Olhei para a equipe brasileira que já estavam colocando os baús em nosso avião.

- Lembrando, muitos não falam coreano, por isso repito assim como o Marjo disse no batalhão “ Falar em inglês, em todos os momentos”, alguma pergunta?

- Não Capitão! – responderam em coro.

- Pois,bem, vamos ajudá-los a levar os baús até nosso avião,  temos que sair daqui de Brasília até meia-noite, entendido?

- Sim, Capitão!

- Descansar e ao trabalho.

Fomos em direção a onde estavam os grandes baús, em 4 homens conseguiam levar um daqueles baús, também ajudei varrendo alguns armamentos, barracas, alimentação dos soldados. O capitão Antônio, sempre que podia vinha conversar comigo, perguntando sempre se estávamos bem e que era para se sentir em casa.

Por isso que eu gostava do povo brasileiro, apesar de ser um povo sofrido em algumas partes do país, sempre andavam com um sorriso no rosto em todos os momentos.

- Tudo pronto?

Perguntei ao homens que haviam acabado de colocar o último baús com os mantimentos dentro do avião.

- Sim, Capitão Kim Nam, esse foi o último baú – disse o cabo Santos batendo continência

- Descansar Santos – olhei para os demais – Tem uma janta esperando por vocês na cozinha, aproveitem os últimos descanso, amanhã nessa hora, estaremos salvando vidas. Dispensados.

Esperei eles irem em direção ao refeitório e me sentei perro do grande avião, abaixei a minha cabeça tirando a boina logo em seguida. Estava cansado, não fisicamente, mas, mentalmente. Achava que seria fácil ser capitão, que iria ser a mesma coisa de comandar o meu grupo, era totalmente diferente. Porém um aprendizado que sei que iria levar para minha vida inteira.

- Mas um ano Nam, você consegue...você consegue.

- Capitão?

- Park – olhei para ele – Algum problema?

- Não Senhor, apenas com te chamar para jantar.

- Não se preocupe, não estou com fome – me levantei do chão – Apenas come e venha para o avião – coloquei minha boina novamente na cabeça.

- Desculpa perguntar, mas, aconteceu alguma coisa capitão? – perguntei ele me observando.

- Porque a pergunta  Cabo Park? – cruzei os braços atrás do corpo.

- Parece que está preocupado com algo.

- Apenas com a situação que iremos ver e viver daqui algumas horas. O país do Haiti foi quase atingindo inteiro pelo terremoto, tem quase 2 mil pessoas falecidas e muitas ainda estão desaparecidas. Não sabemos o que iremos encontrar no caminho Cabo Park, mas a situação é muito difícil.

- Realmente, será uma missão muito difícil para a equipe. Porém, creio que estão todos preparados para essa situação, treinamos para situações  como essa. Apenas saiba Capitão Kim, que nosso batalhão estará sempre aqui para todos os momentos.

- Obrigado Cabo Park. Bem, vamos jantar, pois daqui apouco a missão vai começar.

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