Chapter 37

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Já tinham se passado algumas semanas deste o aniversário de Scorpius, e na maior parte do tempo tem sido tudo bastante tranquilo. Não surgiram novas aparições ou cartas estranhas e enigmáticas de Crabbe.

Emboras saibamos que ele está em movimento. Uma família nascida trouxa em uma cidade muito próxima foi morta da mesma forma que a última.

Os Aurores têm tentado rastrear Crabbe e os outros Comensais da Morte, mas até agora eles têm sido bastante evasivos.

Além disso, eu devo sair para levar as crianças para a  escola com Hermione e Draco em breve, mas estou tendo dificuldades em me arrumar.

— Harry, você está terminando aí? — Eu podia ouvir meu melhor amigo pela porta do banheiro da Toca.

— Sim, apenas, uh, me dê um momento. — Disse de volta para ele.

— Harry, está tudo bem? Você está aí há algum tempo. — Hermione questionou.

— Estou b-bem. Vou descer em breve. — Disse aos dois.

— Harry, você não está bem, abra  a porta. — Exclamou Ron.

Sentei-me no chão frio do banheiro, encostando a cabeça na parede.

Meu corpo está quente, o suor escorre pela minha testa. Estou com dificuldade para respirar e sinto como se estivesse prestes a desmaiar.

Eu não estou tendo um episódio, eu saberia, não estou tendo cortes e queimaduras, e não estou tossindo sangue. Estou apenas fraco e incrivelmente febril.

— Eu não posso. — Minha voz saiu quase inaudível. Minha varinha não está comigo no banheiro e, francamente, acho que não consigo ficar de pé sem cair.

Acordei me sentindo completamente mal, pensei que talvez tomar um banho pudesse ajudar, mas antes mesmo de conseguir entrar eu caí no chão fraco e tonto.

— Alohomora! — Hermione lançou o feitiço na porta e a fechadura clicou antes de se abrir.

Ron e Hermione adentraram o local correndo.

— Harry, o que há de errado? — Ron perguntou, ajoelhando-se ao meu lado.

Respirei fundo algumas vezes antes de responder, visto que não conseguia estabilizar minha respiração. — E-eu n-não me sinto bem. — Disse com dificuldade.

— Ron, vá lá buscar Draco e Molly. Eu fico com Harry. — Hermione falou ao marido. Ele se levantou e saiu correndo do banheiro e desceu os vários lances de escada até a cozinha.

— Harry, você está com alguma dor?

— M-meu estômago dói e minha cabeça está d-doendo também. — Eu falei honestamente.

Eu não sei o que está acontecendo, por tudo que eu sei pode ser a maldição finalmente me consumindo. Parte de mim, no entanto, queria negar essa possibilidade todos juntos.

— Algo mais?

— Estou tonto e muito quente. E-eu não consigo respirar. — Disse  a ela em respirações curtas e escanoladas.

— Ok, Harry quando isso começou?

— Esta manhã.

Draco, Molly e Ron vieram todos correndo para o banheiro, alguns outros atrás deles que eu não pude ver.

— O que aconteceu? Harry, você está bem? — Draco me perguntou, ajoelhando-se ao meu lado e passando a mão na minha testa. — Você está queimando!

— Vamos colocá-lo na cama. Ron, vá ajudar Draco. — Disse Molly.

— N-não! Eu tenho aulas para ensinar. Eu não posso estar faltando á escola. — Disse afastando suas mãos.

— Você não pode ir nesta condição. — Draco argumentou.

— Meus a-alunos estão trabalhando em grandes tarefas esta semana, eu não posso deixá-los sozinhos nessa. Provavelmente é apenas um r-resfriado desagradável ou algo assim. Eu posso tomar uma poção para melhorar. — Disse a eles, tentando me levantar por conta própria.

Eu conseguir ficar de pé, mas tive que me apoiar pesadamente no balcão do banheiro. Minha cabeça parecia estar girando e a vontade de vomitar estava se tornando forte.

— Eu não acho que isso seja uma decisão sábia. — Ouvi a voz de George dizer. Ele deve ter sido uma das pessoas extras perto da porta que eu não podia ver.

— Eu vou ficar bem. Draco, por acaso você tem uma poção apimentada? Eu deixei todos as minhas em casa. — Perguntei a ele, firmando a voz o máximo possível para, esperançosamente, afastar os olhares preocupados em seus rostos.

— Eu tenho, mas Harry, como um curandeiro eu realmente acho que nós deveríamos te levar para a cama ou talvez até mesmo sbmetê-lo a ir para o St. Mungus. Isso pode ser uma reação á maldição e eu não acho que você deveria estar se  esforçando. — Draco respondeu.

— Eu entendo isso, mas eu já perdi tanto trabalho este ano. Eu não quero deixar nenhuma dessas crianças para trás na matéria das aulas. Então, eu vou, quer você goste ou não. — Eu disse a todos severamente.

Só não estou me sentindo bem. Não preciso entrar me pânico, ainda não.

— Harry...

— Não! Eu vou. — Gritei.

Draco suspirou em derrota. — Tudo bem, Hermione, fique de olho nele hoje para mim?

— É claro. — Ela respondeu prontamente. Draco saiu do banheiro e voltou com a poção.

Eu bebi de uma vez e torci meu rosto com o gosto horrível.

— Já estou me sentindo melhor. Vamos deixar as crianças na escola, elas estão prontas?

— Sim, eles estão esperando por nós. — Disse Hermione.

Draco, Hermione e eu saímos com as crianças e as deixamos antes de nos separamos para chegarmos ao nosso próprio local de trabalho.

A poção ajudou a me livrar da febre e não estou me sentindo tão fraco ou tonto, mas ainda me sinto um lixo total.

Depois que cheguei a Hogwarts através do flu dos Weasley, minha respiração acelerou novamente e eu sentei na minha  cadeira no escritório, tentando recuperar o fôlego.

Foi apenas em alguns minutos depois que meu primeiro grupo de alunos do segundo ano chegou e eu tive que me levantar e sair do meu escritório para não parecer suspeito.

Meus alunos haviam se acomodado em seus assentos, conversando animadamente antes de eu chamá-los e começar a aula enquanto estava encostado na minha mesa na parte da frente da sala.

Este vai ser um longo dia.

Curse of pain [pt/br] • drarryOnde histórias criam vida. Descubra agora