↩𝘼𝙙𝙤𝙩𝙖𝙧

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Sina
Deinert

Estávamos deitados na nossa cama, eu com a cabeça em seu peito e ele com uma mão em meus cabelos e a outra em minha cintura.

Vez ou outra sentia seu polegar mexer para cima e para baixo, fazendo um carinho na curva da minha cintura.

Como senti falta de estar com ele assim. De sentir o seu toque. O seu cheiro. O gosto do seu beijo.

Como pude ser tão burra, ao ponto de esquecer completamente do homem incrível que tenho ao meu lado, e pensar que poderia enfrentar toda aquela dor sozinha?

—Meu Deus, como senti sua falta!  —Noah fala baixinho.

—Eu estou aqui, e nunca mais vou sair.

Sinto seus lábios deixarem um beijo casto em minha cabeça.

Continuamos em silêncio, aproveitando a companhia um do outro, quando sinto algo forte em meu coração. Um desejo que sempre tivemos e eu ignorei isso por anos. Mas agora, eu não quero mais ignorar isso!

—Amor?

—Seu!  —Amo quando ele me responde assim.

—Quero adotar!  —Sinto seu corpo travar. Seu carinho em meus cabelos param e ele me ajeita na cama, me fazendo olhar para ele.

—Como assim Sina?  —Me pergunta confuso com minha decisão de uma hora para outra.

—Quero adotar um bebê amor.

—Mas... Você... A gente... —Se perde nas palavras e me faz rir de sua confusão.

—Você sempre me disse que poderíamos fazer isso, se eu quisesse. —falo enquanto entrelaço nossos dedos.

—E podemos meu amor. O que estou querendo dizer, é que... Você tem certeza? Digo, ainda estamos meio sensíveis não? Com tudo que nos aconteceu...

—Eu sei! Estamos sim, não posso negar a você. Mas Noah, quando perdemos Gael eu senti como se tivessem arrancado uma parte de mim. E no momento em que tive ele pertinho de mim, eu senti a sensação mais linda do mundo, e eu quero sentir isso de novo Noah. E mais do que isso, quero poder fazer um bebê que pode crescer sem nunca sentir amor, sentir isso de mim.  —Lágrimas molhavam minhas bochechas.

—Tudo bem meu amor, nós podemos fazer isso. Podemos visitar o orfanato, quando você quer ir?

—O mais rápido possível. —Sorri em meio a minhas lágrimas.

Eu amo meu filho, amo mais que tudo nessa vida. E sei que se Gael entendesse o básico da vida, ele iria querer que nós seguíssemos em frente.

Não é como se estivéssemos apagando nosso filho de nossas vidas. Nunca! Gael foi meu primogênito, ele sempre vai estar em meu coração, e no coração do pai dele. O homem que eu amo!

Sinto a respiração de Noah pesar e percebo que ele já caiu no sono. Isso é bom, não sei quantas noites mau dormidas ele teve.

Tiro seu braço da minha cintura com cuidado e saio da cama devagar para não despertá-lo.

Caminho até o quartinho que tínhamos montado para o Gael, e observo todas as suas coisinhas novas, algumas roupinhas ainda dentro de caixas pequenas.

Ursinhos de pelúcias ajeitados na poltrona de amamentar que minha mãe tinha me dado, e vários outros itens de decoração.

Pego o seu primeiro ursinho. O ursinho que Noah comprou para ele, quando ainda estava em seu 4° mês na minha barriga. Lembro como se fosse hoje, um pai babão conversando com o seu filho dentro do forninho.

◭flashback◭

—Amor, cheguei!  —ele gritou enquanto fechava a porta do apartamento.

—Oi meu bem  —Me aproximo e lhe dou um selinho demorado. —O que tem aí?  —levo minha atenção à caixa de tamanho médio que ele carrega nas mãos.

—Um presente para o nosso feijãozinho.

—É? E eu posso saber do que se trata esse presente?

—Claro que sim meu amor. —ele me entrega a caixa —Abra!

Desfaço o laço vermelho e tiro a tampa da caixa, encontrando um ursinho todo branco com uma gravatinha vermelha.

—Que lindo Noah! Você vai amar não é filho? —Falo com minha barriga. Nunca tivemos certeza do sexo do nosso bebê. Mas sempre me referia a ele como se fosse um menino. Eu iria amar se fosse!

—Claro que vai não é filhão ? —Noah se ajoelha ficando a altura da minha barriga, que estava a amostra, já que eu estava apenas de top e uma calça moletom.

Ele coloca as duas mãos sobre minha barriga e começa a conversar com nosso bebê. E eu quis morar para sempre naquele momento.

◭flashback◭

Sinto algumas lágrimas teimosas molharem meu rosto, e aperto o ursinho de Gael sobre meu peito.

—Ninguém nunca vai tomar seu lugar filho, a mamãe só quer te dar um irmãozinho. Espero que você consiga amar ele tanto quanto nós vamos amar. Olhe por nós aí de cima meu pequeno anjo.

Limpo o rosto, mas continuo alí, parada, observando cada detalhe do quartinho dele.

Sinto braços fortes passarem ao redor da minha cintura e um rosto se afundar no vão do meu pescoço.

—Está tudo bem?  —Noah pergunta com uma voz rouca.

—Sim! Estava apenas conversando com Gael.

—Vem, vamos deitar!  —Ele segurou minha mão e me guiou até nosso quarto.

Ele fecha a porta e eu vou até nossa cama me escondendo debaixo dos lençóis. Sinto o lado dele afundar, Noah joga uma perna por cima das minhas e passa o braço por minha cintura.

—Boa noite meu bem! –Ele deposita um beijo  delicado em meu pescoço. E assim adormeço nos braços dele.

Do meu marido!

Lindoooooos, affffffff

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Lindoooooos, affffffff

Vão adotar um bebêzinho🥺

𝘼𝙡𝙬𝙖𝙮𝙨 𝙗𝙮 𝙮𝙤𝙪𝙧 𝙨𝙞𝙙𝙚 - 𝑁𝑜𝑎𝑟𝑡Onde histórias criam vida. Descubra agora