9| Colisões acidentais | PARTE UM

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"Eu sou um oceano tempestuoso, mas você é estável

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"Eu sou um oceano tempestuoso, mas você é estável. E eu sou sensível, mas você me ganha. Muitas emoções, mas você me deixa. Me deixa florescer na escuridão. Ligue as luzes, querido, querido, eu não quero me esconder. Ligue as luzes, querido, eu me rendo esta noite. Mesmo eu não sendo perfeita, me sinto perfeita aos seus olhos. Ligue as luzes, querido, eu não quero mesmo me esconder, não esta noite. Venha e se choque comigo, porque quero que nós colidamos."

— Collide, Rachel Platten

Muitos trovões cortando o céu recheado de trevas aterrorizantes

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Muitos trovões cortando o céu recheado de trevas aterrorizantes. Relâmpagos abrilhantando-se no cenário desprovido de qualquer clareza. Raios de tempestade cobrindo os alicerces truculentos. E no centro de tudo isso, eu o via. 


Via o rosto dele por todos os lugares, por todos os ângulos, por todos os pontos cardeais. Ele sussurrava com a voz branda e imponente dos ventos: venha até mim. E eu ia. Caminhando até ele. Buscando sua presença onde quer que estivesse. Procurando os menores indícios de seus passos. Nem mesmo a tempestade apavorante pôde me reprimir. Eu a ignorava. Ignorava os estouros das trovoadas fazendo meu corpo inteiro estremecer de uma forma que chegou a me amedrontar. Ignorava o coração vibrando a um ritmo mais forte que pancadas repercutidas de um súbito trovão dentro de um cômodo de quatro paredes. 

Venha até mim, chamava ele. Irresistível. Venha até mim, continuava a me chamar. Era só o que bastava para que eu o seguisse cegamente, sem pensar duas vezes, sem medir as possíveis colisões acidentais que teria se o encontrasse de novo. E de novo. 

Mas, de maneira inconsciente, era o que eu procurava. Colidir com ele. Acidentalmente. Eu buscava essa colisão como uma cega busca enxergar.
 

  Venha até mim… 

O chamamento prenunciava acidentes. Quando eu pensava que havia conseguido alcançá-lo, ele sumia e eu ficava perdida. Então ele aparecia novamente à leste e eu corria até aquele ponto. Tão tola e invocada por algo como um feitiço sobrenatural que não havia percebido que o caminho pelo qual eu passava, era feito de vidro. Cacos pontiagudos de vidro que, a cada vez que eu andava atrás dele, furavam a sola dos meus pés. Encharcando-os de cortes profundos e sangue abundante. Ao ver as minhas pegadas escarlates no chão arenoso, eu hesitava por um instante. 

Sombras Da Morte | Vol. 1 | Saga Forever Young (REESCRITO)Onde histórias criam vida. Descubra agora