Capítulo 34

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                                          Resenha
                           "Caliari! Quanto tempo!"

3 meses depois...

@pricaliari

Bufo impaciente discando o número da Carol pela milésima vez, em algumas chamadas ele cai na caixa postal. De novo.


Falar com Carol tem sido difícil ultimamente, fiquei de vir buscar ela para irmos em uma resenha de poucos amigos mas pelo visto vamos chegar lá na after da resenha.


Tento ligar pela última vez mas foi em vão quando eu vejo ela se aproximar do carro, já arrumada.

— Olha, a marguerita apareceu... - Vejo ela revirar os olhos com meu sarcasmo. - o que custa atender o telefone?

— Boa noite pra você também, Priscila. Estou ótima também meu amor, obrigada por perguntar. - ela diz ironicamente.

— Eu estou te ligando faz quase meia hora, Carolyna. - digo ligando o carro e iniciando o trajeto até a casa de Fael, nosso amigo.

— Eu sei Priscila, eu sei.

— Então porque diabos você não atende o telefone? - falo impaciente.

— Porque tudo tem que ser do seu jeito? Aprende a esperar, porra!

Eu decido não responder mais nada, não queria que isso se transformasse em uma briga.
Coloco minha mão livre em sua coxa nua, mas a mesma tira a minha mão me fazendo revirar os olhos.

Dramática.


Nesse último mês tem sido assim.
Brigamos mais do que nos amamos, acho que diferente da outra vez, estamos conhecendo o defeito uma da outra.
Carol estava na maioria das vezes, ocupada com a faculdade e eu recentemente comecei um curso sobre moda e tendências na intenção de aperfeiçoar meu conteúdo na internet.


E parece que essas responsabilidades que estamos tendo, está afetando nosso relacionamento.


Estaciono em frente a casa de Fael escutando a música alta do lado de fora, Carol em um movimento rápido tira o seu cinto saindo do carro mas é impedida pela porta que estava trancada.


— Tem como destrancar a porta? - ela diz sem ao menos olhar na minha cara.

— Já pode parar com o teatrinho.
Tem como a gente não ficar nesse clima insurportável antes de entrar?

— Tem como destrancar a porta? - ela responde com outra pergunta ignorando o meu pedido.

— Tem como você me escutar? - ela finamente se vira pra mim olhando em meus olhos. - Por favor, não vamos deixar que o nosso estresse pessoal afete nosso relacionamento. Tem como a gente conversar, se resolver e entrar sem esse clima ruim entre a gente?


— Você tem razão. Me desculpa por isso.

— Me desculpa também. Meu dia não foi muito legal hoje, eu errei em descontar meu estresse em você. - Digo me aproximado abraçando Carol. - Eu amo você, e odeio quando isso acontece.

— Eu também amo você. - ela diz selando nossos lábios em um selinho demorado.


Ficamos ali por um tempo abraçadas e resolvemos sair.
Ao aproximar da casa conseguimos escutar risadas altas vindo lá de dentro, algumas reconhecíveis e outras nem tanto.


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