Capítulo 13

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                          Bancada de madeira_________
      __________"Que porra é essa?"

@pricaliari

A noite caía lá fora e junto com ela veio a chuva.
Estava chovendo forte lá fora, o tempo estava agitado, trovejando e caindo raios a todo momento.
Estávamos na sala, cada um cuidando de suas respectivas vidas e eu estava fazendo live com Carol e alguns outros.

Estava cansada, meus olhos pesavam de sono mas ainda sim participava da live pra agradar a morena.
Minha cabeça latejava as vezes, indicando que eu estava com sono e que não aguentaria por muito tempo.

— Você tá bem? - ela me pergunta olhando em meus olhos. Incrível como ela me conhece.

— Eu tô, bebê.

— Então, porque tá tão amoadinha, amor?

— Eu to com sono e cansada, meu dia foi cansativo demais hoje, vida. - eu digo bocejando e então percebemos que ainda estamos em live.
Vejo os comentários dos fãs indo a loucura, me fazendo sorrir sem graça.

E então, pra fazer as pazes comigo, o universo resolver acabar com a energia da casa.
Sim, acabou a luz.
Carol rapidamente encerra a live, ao perceber que as luzes se apagaram.
Ligamos as lanternas de nossos celulares conseguindo ver o rosto um do outro.

— gente, acho melhor a gente subir. - Carol diz virando a lanterna para os outros

— Aaah, tá com medinho Carol? - Lucas diz

— Aí não enche Lucas! - ela diz irritada com a provocação

— Vale selinho no escuro? - falo brincando

— Tenta brincar disso que você morre na hora, Caliari. - Carol diz me fuzilando com os olhos me fazendo rir avisando que era apenas uma brincadeira.

— Hnmm, ficou com ciúmes ela - Juliano diz em tão de brincadeira e logo em seguida Lucas dá um susto em Carol fazendo a morena gritar e todos rirem.

— Vão se fuder! - ela grita brava e sobe as escadas iluminando como a lanterna.

— Acho que alguém ficou brava. - Malu diz rindo

— acho melhor eu ir atrás dela, ela tem medo de escuro. - digo rindo e me levantando do sofá.  Escuto o pessoal falar gracinhas e me preparo para dar dedo do meio pra eles mas lembro que não iriam enxergar e desisto.

Subo com cuidado iluminando o caminho com a lanterna do meu celular, e quando chego no quarto vejo Carol deitada com seu totó.
Um sorriso bobo surge em mim.

Era impressionante o quão preciosa Carol era.
Tão ingênua, tão rara, tão perfeita e pura, o ser humano mais puro que eu conheço.
Ela era apenas uma criança que precisava ser bem cuidada e receber amor.

Fecho a porta do quarto e ela se vira pra mim ainda enrolada em seu cobertor.

— Oi pri

— Oi minha linda! Você ficou brava mesmo? - me sento ao seu lado na cama.

— Não, eu só tô com medo do escuro mesmo. Você sabe... - eu solto uma risada fazendo a morena emburrar - para de rir! É sério!

— Tá bom, desculpa desculpa. Você vai dormir agora?

— Aham - diz bocejando - deita comigo?

— Não precisava nem pedir!

Vou até o closet trocar de roupa colocando um blusão e um short qualquer, me deito na cama junto com Carol.
Me deitei na cama junto com ela, a mesma preferiu se cobrir com seu totó e eu com um edredom.
Ela se escorou em meu peito permitindo que eu sentisse seu cheiro doce.
E não, eu estava falando de perfume.

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