Capítulo 38

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                                     Últimas esperanças
           ______"Eu sou a culpada por isso"



@bcarolynaa

Entro no hospital às pressas e não demoro para avistar Malu sentada na sala de espera.
Acelero meus passos e logo eles percebem minha presença.


— Que bom que você chegou. - Malu levanta com dificuldade pela sua barriga que hoje parecia estar maior que o normal.

Ela me abraça forte e eu retribuo com dificuldade pela sua barriga.


— Como você tá? - ela separa o abraço segurando minhas mãos.


— Nada bem. A forma de como isso chegou nas redes sociais, a forma de como eu fiquei sabendo da notícia, as mensagens e ameaças que eu recebo... Eu não sei como estou conseguido suportar tudo isso, Malu.


— Vai ficar tudo bem. O jeito em que aquela página divulgou a notícia foi tão... - ela respira fundo. - pútrido. Eu sinto muito.


— Eu também... - ficamos em silêncio. - como ela está?


— Cheguei faz pouco tempo, ainda não tive notícias do médico. A única coisa que eu sei foi que ela não quebrou nada.


— Isso é ótimo. - ela assente. - Cadê a Amanda?

— Ela está em BH, no velório da avó.

— Como assim?

— A vó delas Carol... Ela faleceu. - me sento na cadeira sentindo tudo girar, meu coração de despedaça novamente e eu sinto o choro vir à tona. - Você não soube?


— Não eu... - tento falar mas começo a chorar sentindo Malu me abraçar de lado.


— Amanda disse que ela ligou pra Priscila assim que recebeu a notícia, depois dela dar a notícia pra Priscila, a ligação caiu e provavelmente foi na hora em que o acidente aconteceu.


— Tudo isso foi culpa minha. Eu sou a culpada. - falo chorando.


— A culpa não foi sua, Carol. Nada do que aconteceu foi culpa sua. - Malu me abraça forte e pela sua voz percebo que ela já estava chorando também.



Eu queria sumir.
Me sentia culpada de uma forma Inexplicável, se eu tivesse ido atrás dela, se eu tivesse impedido ela de ir embora nada disso estaria acontecendo.

O médico chega interrompendo o momento chamando nossa atenção.

— Acompanhantes de Priscila Bruno Caliari? - nos levantamos. - Você são de qual grau de parentesco da paciente?

— Eu sou namorada e ela amiga. - eu respondo aflita.


— Não tem nenhum parente presente?


— Não, não nesse momento. Estão todos em BH para o velório da avó. - Malu explica e ele assente.


— Tudo bem. A paciente não se encontra em estado grave, ela por algum milagre não fraturou nenhuma parte do corpo. Está apenas com alguns machucados e cortes.


— Aí meu Deus! Que bom! - Malu agradece e eu finalmente consigo respirar.

— Ela foi um milagre.


Se eu não tivesse insistido nesse relacionamento, se eu tivesse deixado ela em paz durante a casa Chango ela não estaria passando por isso. Eu vou me culpar eternamente.



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