"As três palavras"
"Eu disse as três palavras para ela!"@pricaliari
Já era meia noite. Estávamos deitadas na cama, eu de bruços e Carol estava apoiada em mim fazendo desenhos imaginários nas minhas costas nuas.
Aquele era o momento.
Estávamos nuas, cansadas, após fazer rodadas e mais rodadas de um sexo perfeito, como sempre.
Era o momento perfeito para dizer o que tanto me incomodava.
— Amor? - a mesma levanta murmurrando um "hm"- Eu te amo.
Eu digo sem pensar, porra!
Ficamos em um silêncio constrangedor, até eu me levantar rápido tentando mudar de assunto.— Acho melhor eu ir. - digo procurando minha calcinha pelo quarto e colocando a mesma.
— Você... você não quer ficar pra assistir um filme? - Ela parecia estar sem graça, seu semblante parecia querer chorar.
— Acho melhor eu ir, vamos acabar dormindo e não vai ser legal a Danda chegar e nos ver nua.. - eu digo dando uma risada fraca.
Coloco minhas roupas e me apoio na cama para me despedir dela.
— Foi maravilhoso, como sempre. - ela me dá um último beijo antes de eu sair.
Eu não estava mal, quer dizer, eu acho que estava.
Ela não me respondeu de volta, e eu tenho certeza que ela escutou.
"Eu te amo"
Uma pequena frase mas com tantos significado, são apenas três palavras mas a gente não percebe o quão poderosas elas podem ser.
Um "Eu te amo" pode mudar vidas.
Eu amava Carol, e eu tinha certeza de que ela me amava também. Ela só não estava pronta pra isso, porém mesmo tendo essa certeza eu ainda ficava insegura.
Durante o caminho, o som do meu carro foi preenchido por Olivia Rodrigo.
Diferente do caminho em que eu sou acostumada a fazer, eu vou para outro lugar.
Eu precisava do seu colo, do seu carinho.Paro meu carro em frente a avenida humilde, em uma simples casa azul de calçada.
Toco a companhia e em alguns minutos ela aparece em minha frente preocupada.— Pri? O que está fazendo aqui essa hora?
— Eu disse as três palavras.
— Como?
— Eu disse "eu te amo" pra Carol, e eu acho que ela não estava pronta pra ouvir. - digo sentindo uma lágrima descer pela minha bochecha.
— Venha cá, minha corujinha.
Ela com suas mãos pequenas, me puxa para dentro de casa e me abraça.
Era desse abraço que eu estava precisando.— Eles querem dizer algo para você, meu amor. - ela diz pausando suas mãos em meu peitoral.
Com seu jeito calmo ela me leva até sua sala reservada, ela pede para que eu sente de frente pra ela e então pega minhas mãos.
Ficamos em um silêncio bom, um silêncio de reflexão.
— Eu não ficaria tão incomodada do com isso, filha. Com essas três palavras, as pessoas possuem tempos diferentes para assumi-las.
— Eu sei. Mas eu achei que aquele era o momento...
— Você agiu bem, fez como sua intuição mandou. Não em questão de tempo, e sim se ela estava pronta pra ouvi- las!
— Ela me ama? - pergunto em meio de lágrimas que insistiam em cair.
— Sim. Ela te ama muito, só não está pronta pra dizer isso, ela espera por essa coragem. Converse com ela.
— Mas vovó, e se...
— Escuta sua avó querida. - ela aperta minhas mãos com um olhar acolhedor. - Agora, vá tomar um banho. Não vou deixar voltar pra casa, não nesse estado.
Vou tomar um banho, eu tinha um quarto com algumas roupas minhas aqui, então eu pego um pijama quentinho e vou para o banheiro.
Vovó Margot era meu Porto Seguro.
Ela é irmã de Vovó Lidy, assim como eu, saiu de BH para vir pra São Paulo atrás do seu sonho.
Ela é taróloga, e quando eu cheguei em São Paulo depois de me separar, eu vim pra morar aqui com ela por um tempo. Apesar dela morar em São Paulo e eu ser criada pela sua irmã em BH, ainda sim éramos próximas.
Lembro que Vovó Margot ia passar algumas férias lá na minha cidade, e era maravilhoso.Me deito na cama, meu celular estava descarregado e mesmo assim eu não coloquei pra carregar. Queria ficar of um pouco.
Vejo vovó margot entrar no quarto com uma caneca, e com um sorriso lindo no rosto.
— Corujinha, espero que durma bem. Trouxe seu leite quente como tisnava todas as noites.
Bebo batendo um papo com ela, e em alguns segundos eu durmo completamente.
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Soulmates
Fanfiction+16| Sua boca colada na minha, é o meu desejo. Seus olhos, meus olhos. Juntas nos perdemos. E nessa perdição preciso do seu cheiro. Seu cheiro doce, que no momento nada me parece melhor do que senti-lo. Que a ideia de saborear teu beijo, seja...