Quarenta e Oito Horas | Satzu

Capítulo I

Gente, eu esqueci de postar mais cedo! KAKAKAAK PERDÃO
Não tá revisado!

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O corpo de Tzuyu se remexeu sobre a cama e aos pouco a Chou abriu os olhos. Ela agarrava o travesseiro de Sana, no qual tinha o cheiro doce da japonesa. Não conseguia manter os olhos bem abertos porque estava claro.

Estava claro.

— Merda!

Ela pulou da cama, alcançando seu celular na mesinha ao lado. Oito e trinta e sete da manhã.

— Eu nem escutei o alarme!

Não teve uma boa noite de sono. Mas como poderia? Sua namorada fugiu para algum lugar da Coréia e ela não faz ideia de onde seja. Custou a dormir sem sentir o corpo macio e quentinho da japonesa em seus braços, apenas lhe restou o travesseiro dela. 

Discou o número da recepção da empresa, sabendo que Yeji atenderia.

Eu planejei ligar mais cedo...

— Bom dia, em que posso ajudar? — soou profissional.

— Yeji, bom dia. É a Chou. Eu não estou me sentindo bem hoje, não posso ir trabalhar. Provavelmente não irei amanhã também.

— Então finalmente você adoeceu? — desta vez, a voz soou mais descontraída. Tzuyu escutou um riso do outro lado. — Estou brincando. É que você nunca adoeceu desde que cheguei na empresa, você nunca faltou. Fique boa logo, okay? Fighting!

— Obrigada, Yeji — respondeu sem ânimo antes de desligar.

"Você nunca faltou". Aquilo fez um efeito que antes não faria em Tzuyu. Depois das palavras duras de Sana, ela começava a refletir sobre as prioridades que ela estabeleceu em sua vida.

O trabalho foi até mesmo mais importante que a própria saúde.

Tzuyu tentou inúmeras vezes falar com Sana por ligação, mas obviamente a japonesa não atendeu a nenhuma das chamadas. E nem iria atender até o prazo acabar. Depois de cuidar de sua higiene matinal, Tzuyu pegou a lista que fez durante a noite longa de insônia onde listou todos os possíveis lugares em que Sana poderia estar. Ela ficou surpresa com tantos lugares, demoraria um tempo considerável. Então, apressou-se em entrar no carro para dar início a busca o quanto antes.

— Ela me deu quarenta e oito horas, um prazo que termina em dois de dezembro, à meia-noite. — Colocou o sinto de segurança e a chave na ignição do carro. — No dia do aniversário.

Ela começou a lembrar de tudo que passaram, foram longos anos e diversos acontecimentos. Coisas que aprenderam juntas, coisas que vivenciaram pela primeira vez juntas.

O rosto sorridente de Sana que na primeira oportunidade Tzuyu sempre capturava com a sua câmera. Aquele rosto sorridente que ela nunca deveria ter transformado naquele banhado em lágrimas.

— Eu vou encontrar você, Sana... Definitivamente, eu vou.

Então, ela deu partida e iniciou sua jornada, que esperava não ser tão longa e logo pudesse ter Sana em seus braços.

⌛

— Como eu vou achar ela desse jeito? — gemeu em frustração. Ela havia parado em um café após concluir a primeira página da sua lista. — Onde ela pode estar? E como eu saberia exatamente o horário que ela estaria lá? — suspirou cansada. Ela só queria tomar um tempo, relaxar antes que pudesse voltar à busca.

Analisava com cuidado cada ponto escrito naquele papel, deveria ser algum deles. O relógio do estabelecimento indicou que eram exatamente três horas da tarde, Tzuyu precisava voltar, estava ali apenas para tentar se acalmar. Por um descuido, sua mão bateu na xícara de café em sua mesa, levando-a ao chão. Na mesma hora, ela e a garçonete que estava passando fizeram contato visual.