Extra 03 - Especial Ano Novo

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No dia seguinte ao Natal, Sana recebeu uma ligação de sua mãe. Uma das gêmeas estava voltando para casa para passar a virada do ano lá. É por isso que estavam, neste momento, dirigindo até a cidade onde Sana cresceu para passarem o ano novo. Ficariam por duas noites na casa dos Minatozaki.

Sana não visitava ali fazia um tempo, por isso estava ansiosa. Tzuyu, por outro lado, esteve naquela cidade quando Sana resolveu brincar de "esconde-esconde". Os Minatozaki haviam se mudado de bairro, mas não tinham planos de mudarem de cidade. Assim como Sana, eles amavam aquele lugar.

Tzuyu às vezes se sentia culpada por ter levado Sana embora com ela.

— Por que você abriu a janela? — desviou o olhar para Sana por breves segundos. — Cheiro insuportável de enxofre — fez uma expressão azeda.

Sana sorriu feliz.

— Fazia tempo que eu não sentia isso...

Aquela cidade é famosa pelas atividades geotérmicas, então naturalmente há muitas fontes termais.

— Você está animada pra ir nas fontes hoje à noite?! — Sana perguntou eufórica em seu lugar.

— Sim! Vamos para as fontes termais!

As duas fizeram um pequena – e esquisita – dancinha em seus bancos.

Em poucos minutos, já estavam na casa dos Minatozaki. Tzuyu estacionou o carro em uma das vagas na garagem, Sana tinha a cópia das chaves. Quando entraram pela porta da frente, duas cabeças rotacionaram rapidamente para a entrada. Momo e Mina vieram correndo para abraçar quem elas sentiram tantas saudades:

Chou Tzuyu.

— Nós estávamos com saudades! — disseram juntas, sufocando a mais nova no abraço apertado que as duas davam ao mesmo tempo.

Com uma expressão tediosa, Sana bufou.

— Oh, Sana! — Mina disse, fazendo Momo olhar para quem estava atrás de Tzuyu.

— Desculpe, não vimos você aí!

As duas deixaram a Chou e fizeram o mesmo com Sana, que não fez questão de reagir ao abraço. Ela sabia que suas irmãs só estavam implicando com ela para deixá-la aborrecida, mas ela não conseguia evitar e acabava caindo nas brincadeiras que as gêmeas faziam.

— Awn, nossa preciosa irmãzinha está brava! — Momo puxou um coro e Mina seguiu. Estavam agarradas ao corpo de Sana, Momo pelo pescoço e Mina pela cintura.

— Para de se pendurar em mim como uma macaca! — disse para a gêmea mais velha, que começou a fazer sons de macaco por pura implicância.

Tzuyu ria em um canto, sentia falta dessas cenas que suas cunhadas faziam para irritar Sana. Achava fofo como sua namorada ficava com a expressão brava.

— Ei, Mina unnie — Tzuyu chamou. — Onde está Chaeyoung unnie?

— Ocupada com as provas e os trabalhos finais da faculdade. Ficou terminando o TCC dela, vim sozinha esse ano — formou um bico nos lábios que Tzuyu achou fofo.

Mina estava há alguma semanas morando em outra cidade com a namorada, que sempre participava das comemorações dos Minatozaki.

— Entendo.

— Oh! Minhas duas pessoas favoritas! — A voz da matriarca chamou a atenção de Tzuyu, que foi até o encontro dela. A mulher abraçou a filha e a nora.

— É bom ver a senhora, tia.

Tzuyu não conseguiu perder o hábito de chamar a mãe de Sana de tia, mesmo depois de virar sua sogra.

Quarenta e Oito Horas | SatzuOnde histórias criam vida. Descubra agora