Armadilha do amor

Eu

Eu posso ser tudo! de uma menina brincando de carrinho até uma astronalta.

Posso ser a brisa leve que suavemente toca o seu rosto, que lhe trás sensação de liberdade ou alivio.

Posso ser o dia chuvoso que você odeia, que lhe molha os pés e lhe aborrece pela manhã.

Mas consigo ser o Arco-Íris que lhe faz brilhar os olhos e cativar-te com todas as minhas cores.

Talvez posso ser aquela rosa vermelha de seu jardim, que as pétalas aos poucos caem o fazendo pensar que estou morrendo.

Sem me esforçar posso ser o seu travesseiro que encosta a cabeça junto com tudo o que carrega dentro de si.

Ou posso até mesmo ser uma nuvem a qual tenta incansávelmente me comparar com um objeto, e minha forma foge da sua compreensão o deixando abismado em suas próprias idealizações.

Dentre tantas coisas que posso ser, bom ou ruim, sua lente sempre me verá de multiplas formas o fazendo se surpreender, iniglalável consigo ser, e inexistente se precisar.

Se quiseres eu posso ser seu ponto de descanso, ou de agitação.

O fazendo pensar que posso ser a mistura o benigno ou maligno, as janelas de minha alma estão abertas para bisbilhotar como um garoto levado, mas ainda sim saberia o que fazer com o que descobrisse?

Dentro de mim há uma enorme correnteza, que pode o levar para o caminho certo, ou o fazendo se perder do que acha que é real.

Posso ser uma bruxa com uma coroa;
Posso ser uma princesa com uma vassoura.

Dentre todos os seus pensamentos me localizo nos noturnos, como um sonho consciênte, como um romance inconsequente, como exploradores.

Mas o que sei é que estamos destinados, ligados e conectados por tudo o que há de sagrado.