Gustavo
to me segurando pra caralho pra não arrastar ela daqui e mandar o papo reto logo, to com uma vontade fodida dessa mulher que eu nunca tinha sentido por outra antes.
ela ta toda gostosa, o cabelo cobrindo toda as costas, encostando na bunda mesmo, ela toda modelo na postura me deixando doido, mal consigo tirar o olhar dela.
olho la pra baixo quando escuto a bia falando algo sobre maquininha.
lucas: segundo dia de comando, calma - ele faz sinal de para com as mãos.
Gustavo: pode cortar! - falo alto e bia trás o olhar pra mim pela primeira vez e sorri.
lucas: pondo mais lenha? - dou risada dando de ombros.
Gustavo: é a regra, isso ai é talaricagem.
Bia: muito obrigado pelo apoio priminho - ela tira o olhar de mim - vai buscar pra mim, vida - ela bate no peito do Caio que vai.
dou risada voltando o olhar pra laje, a maioria desceu ver o barraco ou ta escorado no parapeito, levo o olhar pra Rafaela que ta rodando o canudo na taça.
Gustavo: tu tem quantos anos? - dou um gole no wisky.
Rafaela: 19 e você?
Gustavo: 23.
Rafaela: sem querer ser intrometida, mas a quanto tempo tu ta nisso? - ela gesticula e eu entendo que ela ta falando do tráfico.
Gustavo: eu nasci nesse meio - me viro apoiando os cotovelos no parapeito e olhando lá pra baixo - meus pais me deram escolha mas eu peguei paixão por isso tudo.
Rafaela: legado da familia? - viro a cabeça pra olhar pra ela que ta do mesmo jeito que eu.
Gustavo: exatamente - sorrio - e tu? segue o legado da familia? - ela solta o ar e da uma risada sem graça.
Rafaela: meu pai é, era, sei la, traficante e minha mãe sempre esteve lá só por ele, aliás abandonou eu e minha irmã e sumiu com meu pai pra sei lá onde - ela fala isso tentando dar uma ironizada pra não pesar o clima.
Gustavo: e tu ta tranquila com isso?
Rafaela: eu não vou ficar remoendo, vou seguir minha vida, com eles em casa era pior - ela da de ombros e suga o liquido pelo canudo.
Gustavo: se precisar de qualquer bagulho é pra me procurar - ela morde o lábio inferior me encarando nos olhos e eu desvio - me olha assim não - ela da uma risada fraca.
minha cabeça rodou porra, papo de putaria mesmo e foi inevitável, tenho culpa não.
Rafaela: desculpa - ela fala mais baixo e eu volto o olhar pra ela - qual é o problema?
Gustavo: porque ai eu me sinto a porra de um tarado - ela abre a boca, fecha, e depois abre um sorriso desviando o olhar.
Rafaela: o que você quer? - ela me olha sorrindo e eu tiro os cotovelos do parapeito ficando frente a frente com ela.
mesmo ela sendo alta, ela precisa inclinar um pouco a cabeça pra me olhar no olho, eu não chego muito perto apesar de querer por conta desse monte de olho que ta ai pronto pra fazer uma fofoca.
Gustavo: eu quero você - sorrio e levo o copo até a boca, ela solta o ar e fecha os olhos fazendo eu sorrir e dar um gole no whisky - vai dar o que eu quero? - ela me encara no fundo do olho.
Rafaela: talvez - ela sorri desviando o olhar la pra baixo e eu dou risada - ela vai raspar mesmo o cabelo da menina? - eu olho pra lá.
a garota ta sentada no chão aos prantos, paçoca e canetinha ta segurando e a bia puxando todo o cabelo da menina pra trás.
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fruto da libertinagem
Teen Fiction+16 | no vidigal e no mundo 📍 𝘰 𝘢𝘮𝘰𝘳 𝘦 𝘢 𝘭𝘪𝘣𝘦𝘳𝘵𝘪𝘯𝘢𝘨𝘦𝘮 𝘢𝘯𝘥𝘢𝘳𝘢𝘮 𝘭𝘢𝘥𝘰 𝘢 𝘭𝘢𝘥𝘰 𝘯𝘢 𝘤𝘰𝘯𝘴𝘵𝘳𝘶𝘤𝘢𝘰 𝘥𝘰 𝘪𝘯𝘵𝘰𝘤𝘢𝘷𝘦𝘭 LIVRO II