Primeira vez II

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Pov. Will

Acordei, como sempre, ao nascer do sol. Nico ainda dormia nos meus braços e eu fiquei ali observando ele suspirar baixinho enquanto sonhava. Ele era tão lindo que meus olhos não conseguiam processar toda aquela beleza. Sua pele leitosa estava com algumas marcas vermelhas e eu me senti culpado por deixá-lo marcado.

Vi o sol nascer através de uma das janelas de vidro que não tinha sido coberta, Nico instintivamente se virou e posicionou o rosto de frente ao meu peito se escondendo da claridade. Fiquei trinta minutos divagando e lembrando de tudo que tinha acontecido noite passado, se Nico não estivesse aqui pelado eu poderia facilmente me enganar achando ser mais um dos meus sonhos. Deuses do olimpo ele era mesmo delicioso, só de lembrar tudo que fizemos ontem já senti minha temperatura aumentar e meu corpo reagir. Nico se mexeu nos meus braços com preguiça de acordar, eu o envolvi e deixei ele despertar no tempo dele. Meu fantasminha odiava acordar cedo.

– Bom dia Raio de sol... – ele murmurou.

– Bom dia meu anjo.

– Ainda parece tão cedo...

– O sol nasceu há uma hora, ainda é cedo. Durma mais um pouco.

Acho que bastou isso para que ele voltasse a dormir. Levantei deixando meu amor na cama e o enrolei com o lençol grosso, peguei o telefone ao lado da cama e liguei para o serviço de quarto pedindo um café da manhã. Caminhei por aquele loft incrível e fui até a varanda, mas não sem antes vesti um roupão. A vista era de tirar o fôlego, Roma era espetacular. Eu não saberia se conseguiria agradecer ao Nico o suficiente por essa viagem e por tudo que ele me deu aqui. A campainha tocou uma vez e eu corri para atender a porta recebendo nossa comida.

Fui até o banheiro e minha nossa ele era quase do tamanho do meu quarto no chalé do acampamento, preparei a banheira com alguns sais e deixei para completar a água quando Nico acordasse o que, para o meu espanto estava acontecendo.

Sentei na cama ao lado do meu anjo e o vi abrir os olhos novamente.

– Bom dia de novo meu amor. Pedi nossa comida.

– Oi meu sol, bom dia. Ótimo, eu estou com muita fome. O que é bem estranho. – ele sorriu fofo.

– Acho que isso tem a ver com as atividades de ontem a noite. – Falei próximo ao ouvido dele e beijei bem abaixo fazendo ele arrepiar.

– Vamos comer Solace e depois quero um pouco de você... – Nico me encarou com expectativa.

– Eu vou adorar satisfazê-lo – devolvi – se quiser podemos fazer isso durante o banho, já preparei nossa banheira mio angelo.

– Podemos tentar mio sole.

Nico vestiu seu roupão e nós fomos comer, puxamos o carinho da comida até a mesa que ficava de frente para a varanda, aproveitei para forçar Nico a tomar um banho de sol enquanto comíamos. Muita coisa naquela mesa era novidade para mim, mas Nico parecia voltar a infância a cada comida que provava.

– Minha mãe fazia um bolo igualzinho a este. – Ele disse saudosista.

– Tenho certeza que ela ficaria orgulhosa de quem você se tornou – soltei sem me dar conta. Eu ainda evitava falar sobre a família de Nico porque ainda parecia uma ferida aberta quase cicatrizada, mas ainda dolorida. – desculpe não queria...

– Ei, tudo bem... – Ele tocou minha mão sobre a mesa – Tenho certeza que ela ficaria ao meu lado em tudo e se orgulharia de mim. Ela era amorosa e protetora.

– Assim como você...

– É, talvez melhor que eu. Não precisa se desculpar esse assunto não dói mais. – Ele disse forte, mas eu sabia o quanto ele estava se esforçando para guardar apenas o amor de toda essa história. Nico estava aprendendo a lidar com os sentimentos. – Vamos aproveitar o dia de hoje porque a noite voltaremos ao Acampamento. – Ele falou em tom de tédio e me fez rir.

Solangelo para sempreOnde histórias criam vida. Descubra agora