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Pov. Nico

Nossa primeira semana de atividades foi bem puxada, tudo era novidade, a universidade, as crianças, a rotina, mas era tudo compensado no final do dia. Eu encerrava minha atividades no centro de treinamento às 14h e Will chegava em casa às 15h, uma hora era o tempo que eu tinha para organizar a casa, se é que ela estivesse bagunçada, e preparar alguma comida. O único problema é que eu era um péssimo cozinheiro!

– Mais que cheiro de queimado é esse? Dá pra senti lá da rua. – Will perguntou invadindo a cozinha e jogando a mochila no balcão, seus cabelos estavam bagunçados pelo vento e seu rosto bronzeado.

– Sou eu tentando fazer uns cookies, deixei queimar a segunda fornada! – bufei cruzando os braços ao me escorar no balcão.

– Você tá todo sujo de farinha. – Ele comentou rindo e depois se jogou nos meus braços e me beijou. – Se eu te amasse mais meu peito explodiria. – Dessa vez fui eu quem ri e o beijei.

Envolvi meus braços em volta dele e o puxei pra perto, nossas línguas dançavam sincronizadamente nos deixando arfantes. E então o cheiro de queimado se tornou mais forte.

– Eu não acredito! Deixamos queimar a terceira fornada! Meu deuses, isso só pode ser brincadeira. – Falei abrindo o forno e retirando a bandeia cheia de cookies tostados e Will se contorcia de rir. – É culpa sua que faz parecer tão fácil cozinhar e minha por ainda tentar! – Fiz bico e joguei os biscoitos no lixo.

– Você fez tudo certinho, meu anjo, o problema é que a temperatura está muito alta portanto isso diminui o tempo do cozimento. Abaixe o fogo e deixe mais tempo, já que você acha mais fácil. Vem eu te ajudo a fazer a quarta fornada. – O loiro ainda controlava o riso.

Com Will me ajudando foi bem mais rápido e seguindo a dica dele a fornada saiu perfeita e nós comemos juntos sentados ao balcão lado a lado.

– Onde você aprendeu a cozinhar tão bem?

– Minha mãe trabalhava o dia inteiro e eu precisava comer então fui me aventurando aos poucos e nos fins de semana ela me orientava mais – Will falou dando de ombros enquanto comia mais um. – E como foi com as crianças hoje?

– Muito bom, eles são bem fortes e desenvolvem rápido as técnicas. Você precisa conhecê-los raio de sol, tenho certeza que vai amá-los. – Joguei os copos na pia e abracei Will ficando entre suas pernas.

– Vou amar, com certeza, essa semana tiro uns quinze minutos para conhecê-los, prometo. – Ele tocou meu rosto e beijou delicadamente, suas mãos se enroscaram nos meus cabelos e eu senti um arrepio familiar.

– E as aulas, como estão? – Falei inebriado pelo toque dele em mim.

– Maravilhosas, estou aprendendo muito. Mas sabe, não quero falar de medicina agora. – ele rosnou de forma sexy bem perto do meu ouvido.

– E o que você quer? – Provoquei.

– O que você acha de ficar largado na cama a tarde inteira namorando?

– Acho perfeito.

Deixamos os cookies e fomos abraçados para o nosso quarto, havia tanto prazer em falar "nosso", era maravilhosa a sensação de dividir a vida com Will. Tirei a camisa e os sapatos dele deixando-o confortável, afinal ele estava cansado, em seguida retirei os mesmos itens de mim e me deitei na cama abraçando o corpo grande e forte do meu loiro.

– Sabe Will eu andei pensando em cortar o cabelo. – comentei beijando seu pescoço, só não estava preparado para o grito dele.

– O que?! – Ele me virou ficando por cima e pairou acima de mim mergulhando as íris azuis celestes nas minhas ônix. – Mais que ideia é essa Nico? Não, por favor, não corte. Eu amo seu cabelo comprido.

Solangelo para sempreOnde histórias criam vida. Descubra agora