Essa trama trará a história do filho mais velho de Vittorio e Emilly Fontinelly que o adotaram ainda quando ele era um menino. A vida de Dylan foi marcada por lutas, dramas e a perda de sua mãe recém-descoberta. Contudo, encontrou em seus pais aditi...
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- O que você falou?
As palavras desse imbecil me deixaram deveras irritado. Como ele ousa comparar Gabriela a uma mulher da vida e ainda insinuando tais coisas? E com que direito ele a cobra alguma coisa? Vejo os olhos de Gabi soltarem ainda mais lágrimas, mas não há surpresa. Penso que essa não deve ter sido a primeira vez que ele se dirigiu assim a ela, mas por que não me falou? Será que padrasto dela sabe disso?
- Mark, não fale besteiras! - Gabriela diz num tom ameno, tentando contornar a situação. Ela respira fundo e se vira para mim. - Obrigada pela carona, Dylan. Tenha uma...
- Ué...o que aconteceu com o "doutor Dylan"? - O filho da puta fala em deboche, se aproximando de nós. É então que vejo seu rosto demonstrando que está alto pela bebida e pelo uso de drogas. - Já tem algum apelido fofinho entre vocês?
- Mark! - Gabriela o repreende e então começo a me irritar com essas insinuações.
- Rapaz, é melhor parar de falar besteiras que depois poderá vir se arrepender. Melhor ponderar suas palavras enquanto ainda dá tempo. - Digo e o ignoro, mas me sinto completamente irritado. - Você vai ficar bem, Gabi? - A menina meneia a cabeça receosa e quando ia falar o miserável voltar a me irritar.
- Gabi? Que meigo! Deixou-o te chamar do jeito que apenas o Isaac te chamava? - É notável o ciúme que ele demonstra, confirmando minha teoria de tempos atrás quando pensei que ele era sim apaixonado por ela, mesmo Gabriela estando noiva.
- Mark, fique quieto!
- Aproveita, doutor. Eu a trouxe para morar comigo e não consegui nada com ela. Pelo que percebo o senhor terá bem mais sorte. - Não aguento, desfiro um soco no rosto do homem que cai no chão. - Desgraçado! Você quebrou meu dente! - Grita.
- Respeite a Gabriela, seu filho da puta! Não é certo a forma que está falando com ela. O fato de tê-la em sua casa não te dá o direito de tratá-la assim. - Vocifero e ele se levanta com a mão na boca e posso ver o sangue descendo pelos cantos.
- Desgraçado! Eu vou te processar. Vou acabar com a sua carreira. Tem testemunhas aqui e sei que alguém filmou. Vou até o seu trabalho e falarei direto com seu chefe e mostrarei a merda de médico que você é. - Argumenta e então eu gargalho em ironia.
- Se quiser pode fazer isso agora, pois aquela clínica é minha! E sinta-se demitido da boate e de qualquer outro lugar em que eu tenho conhecido, pois depois de uma ligação minha não encontrará emprego em lugar nenhum em Los Angeles. - Aproximo-me dele parando em sua frente. - Quer medir mesmo força comigo? Saiba que perderá. - Volto para Gabriela que está extremamente nervosa, estagnada no lugar, com as mãos trêmulas na boca.
- Eu ainda vou te ferrar! E você, Ella, tem, dois dias para arrumar um lugar para ficar, pois aqui não tem mais lugar para você. - Assevera e vejo o olhar de Gabriela desesperado. Então, faço o que eu já deveria ter feito há muito tempo.
