Essa trama trará a história do filho mais velho de Vittorio e Emilly Fontinelly que o adotaram ainda quando ele era um menino. A vida de Dylan foi marcada por lutas, dramas e a perda de sua mãe recém-descoberta. Contudo, encontrou em seus pais aditi...
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Para aumentar mais minha agonia, Stephan ainda não apareceu e já posso ver o pôr do sol lá fora. Não sei se está fazendo de propósito ou se Lorena não o encontrou e por isso tanta demora já que ela também ainda não retornou. Meu peito está apertado demais e minhas mãos suam frio. Toda vez que fecho meus olhos e lembro dos olhinhos de Lolita para mim, quando me tiraram de perto dela, me dá vontade de chorar.
- Deus, ajude a pequena Lolita. Ela não merece passar por esse absurdo! - Oro de mãos juntas, sentindo as lágrimas escorrerem por meus olhos. - Por favor! - Imploro novamente.
- Olá, minha criança! - A voz do homem soa a minha frente e então ergo minha cabeça novamente.
- Stephan! - Digo, indo em sua direção e me ajoelhando aos seus pés. - Liberte a Lolita, Stephan, por favor! Ela é só uma bebê ainda. -Choro descontrolada.
- Levante-se, Gabriela! - Assevera.
- Por favor, não entregue aquela menina a ninguém. - Seu semblante fecha. - Isso é muita maldade!
- Quem foi que te falou sobre isso? - Ele segura em meus braços, me erguendo do chão. - Isso é um assunto particular. Quem te contou? - Pergunta novamente.
Esse tom que ele acabara de usar em nada se parece com o que ele usou comigo no dia do jantar onde estava tranquilo e me tratou com toda educação e gentileza. Esse homem que está a minha frente, com um olhar mais sombrio, não é o mesmo. E isso me faz repensar minha decisão, já que muitas vezes a aparência pode nos enganar muito e temo por isso.
- Responda, Gabriela! - Insiste e então encaro os seus olhos.
- Por favor, senhor Van der Hof, leve-me no lugar da menina.
- E ficar sem você? - Faz uma pergunta retórica. - Por que ela é importante? Nem a conhece!
- Não preciso conhecê-la para saber que ela é só uma criança inocente que está prestes a ser levada por um psicótico pervertido, para servi-lo como se fosse uma mulher.
- E você quer ficar no lugar dela? - Questiona, se aproximando de mim e me prendendo na parede. - Diga.
- Se fosse para que ela tivesse uma oportunidade de crescer como uma criança normal, sim! -Declaro com seus olhos escaneando todo meu rosto. Engulo em seco quando seus olhos se prendem em meus lábios e sua feição toda muda. - Por favor...
- Podemos fazer um acordo? - Diz e fungo, pois eu já esperava por isso.
- Qual acordo?
- Não teste a minha inteligência, pois quando me chamou aqui já sabia que isso aconteceria, então vamos para os seus termos e depois eu lhes direi os meus. - Declara. - Venha... - Me leva pelo pulso e sem muita escolha o acompanho. Ele segue até o quarto, me colocando sentada na cama e depois pega uma cadeira, sentando-se a minha frente. Seus olhos claros me fitam curiosos. - Vamos, diga seus termos. Tentarei acatar a cada um deles.