Capítulo 10

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Custei para pegar no sono noite passada

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Custei para pegar no sono noite passada. Minha cabeça está a mil com tudo que vem acontecendo comigo. A descoberta da verdadeira vida do doutor Dylan, a forma que Mark me tratou que foi horrenda e desprezível, descobrir que meu pai estava ingerindo algo que estava causando problemas para sua saúde e ainda teve a visita da namorada do doutor que o tratou mais como sendo a esposa dele foram demais para mim. Sinto-me exausta psicologicamente.

Estranhamente fiquei incomodada quando vi aquela mulher loira beijando o doutor na minha frente sem qualquer receio por minha presença ali. Provavelmente, é a saudade que estou tendo do meu amor que tem deixado mais sensibilizada diante dessas coisas. Penso comigo mesma sufocando a dor que sinto em meu peito.

- Isaac...que saudade estou de você, meu amor!

Sussurro essas palavras já sentindo uma lágrima escorrer de meus olhos e molhar o travesseiro da cama confortável em que estou. Meu corpo sente falta dos abraços que meu falecido noivo me dava, dos beijos e carinhos que ele me fazia, principalmente quando meu corpo seguia seu curso mensal normal em que me encontro agora. Isaac me fazia chás, me deixava dormir em seu colo e não saía de perto de mim em momento nenhum.

Em pensar que quando eu menstruei pela primeira vez ele foi a primeira pessoa com quem falei. Literalmente, nossa relação era de muita confiança.

- Deus, por favor! Traz o meu Isaac de volta! - Grito, com o rosto afundado na cama, tentando abafar meu sofrimento.

- Gabriela? - Uma voz amena invade meus ouvidos e não é a que eu pensava que ouviria. Ergo minha cabeça vendo a mãe do doutor Dylan parada na porta com um olhar preocupado em minha direção.

- Dona Emilly, desculpe-me! - Digo exasperada.

A mulher se aproxima de mim, senta-se na cama ao meu lado e me abraça. É um abraço acalentador, reconfortante, mas ainda assim não faz passar o peso que sinto que o vazio em minha alma acarreta em minha vida. Eu queria meu noivo aqui. Meu amor estava todo nele, meu amor era ele.

- Chore, querida! Não se prive de sentir a falta que sente dele. Infelizmente, isso faz parte de você agora, meu bem! - Encoraja.

- Eu o quero de volta, dona Emilly! Eu preciso tê-lo de volta! Está muito difícil seguir sem ele aqui comigo.

Repito por pelo menos umas cinco vezes, apertando a mulher em meu corpo. Choro consciente do meu momento atual pela primeira vez, desde quando ele se foi. A dor está sendo demais. Minha cabeça lateja, sinto-me sufocada pelo ar que não sai por nada e para piorar tudo, uma cólica absurda me toma. Respiro vagarosamente para que o ar volte de forma mais calma aos meus pulmões e assim poder conter um pouco o frenesi que reverbera em meu corpo.

- Sente-se melhor, meu bem? - Dona Emilly questiona assim que se afasta um pouco e me encara os olhos. Assinto com a cabeça. - Eu sei o que é perder quem amamos.

DYLAN FONTINELLY -TRILOGIA IRMANDADE II (concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora