Cinco ✨

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Faziam exatos cinco dias que eu estava atrelado a trabalhar com Azriel, ainda fico puto quando lembro e faziam exatos cinco dias que eu não ouvia nem um sussurrar des suas sombras, levando em consideração que eu não ouvia absolutamente nenhuma movimentação na casa toda a dias e eu não vou negar que isso me deixou trabalhar profundamente em paz, o que significa que eu já tinha várias respostas sobre essa onda de assassinatos, mas ainda faltava a alguma coisa... E isso me tirava o sono.

Podemos dizer que a minha paz durou até o momento que escuto a porta da casa dos meus pais ser aberta com uma violência extrema somado a uma discussão acalorada.
- Eu sou uma mulher livre Lucien!- A voz de Elain soa raivosa.- E Azriel também é um homem livre, não importa com quem ele tenha um laço de parceria!
- Não importa?- Escuto Lucien gritando em resposta.- Seu comedor é parceiro do seu sobrinho, seu futuro senhor! Além dessa blasfêmia contra a imagem de Nyx, você me humilhou perante todas as outras cortes!- Lucien continua aos gritos quando eu me levanto e saio do quarto, parando perto do topo da escada onde eu podia ouvir tudo com clareza e ainda sim ficar fora da vista deles.

- Eu não me importo! Eu escolhi Azriel e sempre vou escolher.- Elain grita em resposta.
- Escolheu? - Lucien abaixa drasticamente o tom. - Vamos ver quanto tempo sua cabeça continuara grudada em seu pescoço quando Nyx souber disso!
- Não o envolva nisso!- A voz de Azriel e minha mãe se misturam em uma fala rompante.- Nyx não precisa ser envolvido nessa pequena desavença.
- Pois ele será envolvido sim!- Lucien rosna. - Azriel é posse dele.
- Ele não é posse de ninguém!!- Elain solta um grito fino em resposta.- Azriel não o reivindicou!
- Já o vi matar por coisas menos insignificante que seu parceiro.- Lucien continua falando em tom irritado.- Já o vi dizimar continentes inteiros por diversão. Azriel é posse dele desde o momento que Nyx deu seu primeiro fôlego e eu vou clamar ao meu senhor que ele não tenha clemência de seu cônjuge.

Sinto minha visão ficar levemente turva e meu estômago embrulhar enquanto escuto o burburinho vindo da sala, Deuses eu só queria cavar um buraco e me enfiar dentro.

Escuto passos fortes vindo pela escada e em segundos uma cabeleira ruiva e rosto distorcido em irá está em minha frente, Lucien agarra meu braço e volta me puxando para sala, assim que chego lá por meio desse arraste vejo olhos se esbugalhado e pessoas perdendo a cor.
- O que você acha disto?- Lucien me pergunta, ainda segurando meu braço.
- Eu preciso saber o que aconteceu para chegar a uma conclusão.- Respondo em um tom ameno, segurando a mão dele em meu braço.
- Solte-o! - Azriel interrompe, levando a mão para uma das adagas presas em seu corpo.- Imediatamente!

Solto um suspiro, pela forma que a situação se conduzia eu já podia imaginar o que estava acontecendo ali.
- Senhores, vamos se acalmar em primeiro lugar.-Digo com uma voz calma mas que não anulava o comando por trás dela. Olho para meus pais que estavam parados rigidamente na entrada da casa e direciono minha fala a eles.
- Elain pertence a sua corte, portanto o julgamento e punição dela está em suas mãos.- Digo olhando para o fundo dos olhos de minha mãe, notando sua coluna se enrijecer.- Lucien e Azriel estão sob a minha lei, Lucien como jurado a minha corte e Azriel como meu parceiro, ambos respondem a mim!
- Azriel faz parte da Corte Noturna.- Meu pai toma a fala. - Espião mestre da Corte Noturna, eu ainda respondo por ele.
- Toma as consequências dos seus atos para sí? - Pergunto ao meu pai.
- Está é uma conversa de pai para filho?- Pergunta ele, dando um passo em minha direção.
- Não, você sabe que não.- Respondo rigidamente.
- Tomo as consequências dos atos do membro da minha corte para mim.

Solto um suspiro sabendo que tenho que controlar meu ímpeto e minha língua, aquele não era meu território e não era eu que mandava alí.
- O que aconteceu?- Pergunto.
- Azriel e Elain estavam fodendo em um dos cômodos do palácio da Corte Invernal.- Lucien fala em um rompante.
- Eu não estava!- A voz de Azriel sai estrangulada de sua garganta. - Não estava acontecendo nada! Lucien está delirando.
- Sim, estávamos fodendo Lucien! E eu espero que isso te assombre pelo resto de sua vida miserável! - Elain grita por cima da voz de ambos, me fazendo tencionar a mandíbula em pura raiva.
- Meu senhor...- Lucien se volta para mim.- Eu peço que abra o Julgamento da Verdade!

Corte do CaosOnde histórias criam vida. Descubra agora