L'angelo della morte

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Kiara Catelli

Albert desceu as escadas do porão usando sua máscara somente na parte de cima do rosto.

– Olha o que me fez fazer. - ele disse me encarando e eu comecei a tremer um pouco. - Me fez matar o meu irmão.

– Não, não fui eu. Eu... - eu disse, mas ele me interrompeu.

– Ele era um idiota...mas era o meu idiota. - ele disse indo até o corpo. - desculpa Max, agora eu vou ter que te colocar com os outros. Você vai achar os meninos levados afinal.

Ele retirou o machado do corpo de Max e eu me mantive firme apertando cada vez mais aquele telefone.

– Qual é a do telefone! Ele não funciona! - ele gritou. - Normalmente, eu usaria uma faca mas você...você é especial Kiara. Eu não vou ter pressa...eu quero te machucar muito.

– Tenta. - eu falei e ele riu.

– Sansão! - ele gritou e um cachorro preto gigante desceu as escadas rosnando para mim e Albert amarrou sua corrente num negócio que tinha no porão.

Ele pegou seu machado novamente e veio rindo na minha direção. Quando ele tentou me golpear eu desviei mas ele não desistiu e golpeou de novo acertando o meu braço. Eu gritei alto e ele riu tentando golpear mais uma vez e errando fazendo seu machado cair no chão com a força que ele tinha usado. Me aproveitando disso, eu corri para a direção onde eu tinha colocado um tapete que escondia o começo das minhas armadilhas. Eu ouvia o cachorro latir mais e isso me deixava com mais adrenalina.

Eu pulei aquele tapete para ir para o outro lado e consegui alcançar o fio que eu tinha usado pra escalar a grade no primeiro dia e como feito na minha armadilha, eu puxei fazendo Albert tropeçar e cair direto no buraco que Bruce tinha cavado. Eu sorri feliz ao ouvir um "crack" me lembrando de ter jogado a grade lá quando eu estava frustrada. Ele gritou e tentou me socar e eu o golpeei com o telefone.

Ele parecia estar mais bravo com isso e tentou de novo então, eu recuei para desviar e acertei outro golpe. Ele dessa vez pareceu estar meio tonto então resolvi golpeá-lo de novo mas ele se defendeu e me puxou para um mata leão.

– Liberami figlio di puttana. - eu lutava e ele ria. Agora chega. Eu arranquei aquela máscara maldita e ele começou a gritar colocando as mãos sob o rosto. Eu o soquei de novo e de novo até sentir um arrepio me percorrer. Algo estava diferente em mim.

– Sai! - ele gritava com as mãos no rosto. - sai!

— Isso é por cada abuso na segunda fase seu merda! - eu disse o golpeando com o telefone e comecei a chorar. - Isso é por você ter me dado uma surra! Por ter me estuprado!

Eu gritei enquanto continuava a bater.

– Isso é pelo jornaleiro- eu o soquei de novo.

– Isso é por aquela criança! - gritei novamente dando mais um soco.

– Isso é pelo Vance! - eu dei uma cotovelada nele.

– E isso é pelo Bruce! - chutei sua cara vendo seu nariz quebrado. Ele gritava em dor, agonia, desespero e algo pareceu ficar diferente.

– O que é você?! O que caralhos é você?! - ele berrava e eu ri. - Você não é normal. Você é um demônio!

– A morte sempre sabe o seu nome Albert. - eu disse o encarando enquanto ele tremia. Eu peguei o telefone e estiquei o cabo enquanto ele gritava.

– Você é um demônio! - ele tentava me socar e me derrubar, mas era em vão. Ele sabia que tinha perdido e isso era evidente em sua expressão.

– Não Albert, pelo contrário. Eu sou um anjo - eu disse passando o cabo com tudo pelo seu pescoço e me jogando para o lado contrário a onde eu estava. Isso fez ele começar a ser enforcado, - Eu sou o anjo da morte.

A Anja de Denver || Robin ArellanoOnde histórias criam vida. Descubra agora