IV: Diabretes Paulistas!

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Apanho meu celular e iria apenas concentrar um pouco em quem queria falar, no instante seguinte o rosto mascarado de Tiago aparece na tela. Acontece que o Tiago pode ser invocado para qualquer tipo de reflexo ou tela, porém algum membro da A.R.E.S precisa estar em contato com essa superfície.

— O que está acontecendo gajo?

— Coloca o Salem na linha, aconteceu um... Pequeno problema.

— Quem tu tá chamando de pequeno?! — Ouço um dos diabretes ao fundo.

— Ele não está no momento, disse que foi ver uma situação no plano superior. — O fantasma responde me dando o gatilho na memória. Salem havia dito ontem que iria ver se conseguia o Ofanim para mim.

— E a Jennifer?

— No Museu, trabalhando em uma restauração. Quer que eu avise a ela?

— Não precisa, consigo resolver. — Comento olhando para o grupo de diabretes, estavam ficando inquietos, interrompi a ligação e olhei para o líder.

— Então, qual foi da idéia truta? — Questiona.

— Estamos sozinhos, mas — Fiz uma pequena pausa, bocejando. — Desçam logo, aproveitem, comprem um livro e tudo mais.

— Que papo de livro o que a gente quer é fazer baile envolta da piscina com guarda-chuva. — questiona um dos diabretes que está usando uma camisa com um logo gigante da Cyclone.

— Pera ai? Tu vende livro?! — O líder dos diabretes se aproxima com uma feição um tanto curiosa. — Tu tem aquele lá que um parça nosso escreveu?

— Você pode ir lá embaixo procurar, ninguém vai ver vocês mesmo. — Dou de ombros e apenas me retirei do recinto, sendo seguido pelo grupo.

Ao longo do tempo, descobri algumas coisas sobre os diabretes. Eles se intitulam como "Gangue do Castunfo" e são conhecidos por cruzar todo o país em busca de sempre organizarem festas cada vez mais espalhafatosas e como eles mesmos comentaram, mais mandrakes. Acabou que o líder dos diabretes chamado Messi (Eu juro que isso não foi intencional, decidiram o nome do personagem numa call do discord), realmente encontrou o livro que ele queria, eu só não estava era botando fé que o "Parça dele" era ninguém menos que o George Martin, que ele insistia em chamar de Jorginho do Gás, vai saber.

— Caramba vou levar a coleção inteira. Cê faz Pix menó? — Messi questiona enquanto o grupo ironicamente estava lendo outro livros, a maioria de um tal de Carlos Marcos.

— Pix? — Fico surpreso, diabretes tinham contas no banco?! — A parada é você pagar de alguma forma válida. — O diabrete puxou um celular maior que a própria mão, eu ainda estava abismado.

— Que foi mané? Já paguei o negócio, agora só quero saber do baile na piscina com guarda chuva e música estourada.

— Certo, mas onde que eu entro nessa situação? - O convido a se sentar numa das mesas ali presente na livraria.

— Seguinte, tem uma gangue de maconheiros malucos que invadiram o nosso local para ficar fumando, encheu aquele lugar de erva. Ai a polícia invadiu e interditou o lugar, tô só no ódio pra cair na porrada com esses caras.

— Tá mas onde eu entro nisso?

— Eu liguei pro Salem pedindo ajuda de vocês, cacete! Aí ele disse pra te achar que cê ia topar ajudar. — Após o comentário de Messi, entendi o que estava acontecendo, aquilo era uma missão do RPG de quinta feira!

— Beleza mas, vocês sabem o que exatamente são? — Questiono levantando da cadeira e caminhando até uma estante, procurando um exemplar de um outro livro.

Os Contos de Nova Atlântica I: O Culto InfernalOnde histórias criam vida. Descubra agora