A mulher tinha cabelos loiros literalmente similares à fios de ouro, com uma mescla em mechas negras o que dava um belo contraste, suas feições eram iguais de uma atriz de cinema, nariz arrebitado, maçãs faciais alinhadas, olhos azuis, lábios um tanto inchados, suas asas eram assim como seus cabelos, uma mescla perfeita entre o ébano e o ouro enquanto trajava um vestido de seda branca na altura dos joelhos coberto por uma cota de malha na área do busto. Uma alça atravessa todo o tecido acima, mostrando uma bainha pendurada em suas costas.
— E você é? — Questiono fazendo uma expressão surpresa. — Com certeza também um anjo, mas, ah você entendeu.
— Eu me chamo Virtua. — A mulher bateu suas asas antes de recolocá-las novamente para seu corpo.
— Gael.
— Ah, o novo portador da Ascalon. E aí? Já usou ela?
— Na verdade, ainda não. Ahn, porque você tá atrás do Salem?
Pude ver o rosto dela ruborizar, espera aí? anjos ficam corados?! Ela dá uma leve tossida e com isso, ajeita sua postura enquanto me levanto e aproximo da porta na qual saí, decido confiar em Virtua então, usando do poder de Tiago, atravesso a porta, indo direto para a sala principal da A.R.E.S. onde Salem parecia brigar com Jennifer sobre alguma coisa.
— Ele é real, caramba! Eu vi uma certa vez matando o próprio Belfegor!
— Meu deus Salem, você é um anjo, como cacetes voadores você vai acreditar que existe um bicho saído de um livro de terror idiota!? — Jennifer protestou enquanto se contia para não ir pra cima de Salem que tinha literalmente a mesma reação.
— Mas aquele ativista dos Estados Unidos disse que ele poderia estar vindo ao Brasil cara, o Cachulho é real! Nós temos que caçar ele até os confins do mundo se possível. — Contive uma risada, não era possível que o Salem, O SALEM estava considerando que aquilo era um fato.
— Tá bem gente, vamos por favor agora parar um tempinho? — Falei um pouco alto, propositalmente chamando a atenção de ambos, não obstante, Salem ao olhar na minha direção pareceu congelar.
— V-Virtua?! — O anjo estava atónito.
— Quem mais poderia ser, baixinho? — Ela se aproxima abraçando Salem e por um instante o mesmo literalmente envelheceu, alguns anos, ficando condizente e nada estranho o carinho que ele e Virtua logo logo estariam para expressar.
Respirei fundo olhando para Jennifer e com um rápido gesto, fomos para o corredor pela milésima vez, entrando no quarto da garota que estava um pouco mais ampla, tinha alguns aparelhos de treinamento e um pequeno ringue presente.
— Como você fez isso? — Comento ainda um pouco surpreso, mas sabia que tinha alguma explicação sobrenatural para aquele quarto literalmente ter dobrado de tamanho.
— Um encantamento expansivo, estava precisando de mais espaço para treinar, falando nisso... Sobe no ringue.
— Ahn, Jen eu não estou muito-
— Isso não é problema meu, sobe logo. — Após o corte olhei-a meio torto, claramente irritado com a atitude da garota.
— Brincadeira, o ringue não tá pronto. Ainda falta conseguir comprar umas coisas pra fazer uma proteção, não quero ninguém sendo jogado pra lá e prá cá fora do ringue e acertar minhas coisas. — Ela completa, me dando um sorriso atencioso, em seguida, a mesma ergueu uma de suas mãos com o indicador apontando o teto. — Tive uma ideia, e aquele filme que a gente ficou de ver?
— Que filme? — Pergunto, curioso.
— Aquele que eu esqueci de falar contigo. — Ela dá uma risada de leve, enquanto isso ela simplesmente me conduz para uma de suas poltronas, me sento nela e assim a vi ligar a TV, regressar e se prostrar literalmente em meu colo. — Opa, que negócio é esse aqui?
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Os Contos de Nova Atlântica I: O Culto Infernal
General Fiction"Prepare-se para uma aventura eletrizante no país de Vera Cruz, onde mistérios ancestrais e o sobrenatural se entrelaçam na cidade de Nova Atlântica. Junte-se a uma equipe improvável composta por um bibliotecário perspicaz, uma misteriosa deusa do p...