Prólogo

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Eu estava em casa naquela tarde enquanto relia os papéis para a primeira audição de um filme. Na televisão estava passando a terceira temporada de Stranger Things novamente.

Desviei minha atenção das letras do papel em minha mão para rever, pelo que acredito ser a milésima vez, a cena da Max perdendo o irmão. Limpei a lágrima que brevemente escorria por meu rosto com os dedos.

Me lembrei de quando fiquei encantada pela atriz da Max desde a primeira vez que a vi. Sadie Sink é da mesma cidade que eu, mas nunca tive a sorte de encontrá-la na rua.

Já eram quase 3 horas. Me levantei do sofá e pus os papéis dentro da pasta, então na mochila e fechei o zíper. Respirei fundo e peguei as chaves e meu celular para sair de casa.

Tentei tomar um remédio para a dor que iniciou em meu estômago enquanto chegava no estúdio.

Já havia tentado alguns testes para peças em teatros de Los Angeles, e consegui dois. Mas a sensação de fazer primeiro teste para um filme não estava nem perto disso.

Me deparei com a placa acima da porta do estúdio e gelei. Respirei fundo mais uma vez ao abrir a porta e falar com a mulher que estava sentada em um banco atrás de um balcão com a placa “recepção”.

Após uma hora — o que pareceu uma década —, meu nome foi chamado e me dirigi à mulher com uma prancheta na mão junto de duas pessoas. Haviam três pessoas que poderiam ser avaliadores em uma mesa.

A única coisa que tive certeza naquele momento é que eu sabia cada palavra daquele papel de cor, mesmo que isso não fosse garantia de absolutamente nada.

I WAS A FAN, Sadie Sink.Onde histórias criam vida. Descubra agora