Capítulo 1

77 15 33
                                    

DIANA

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

DIANA


- Minha nossa, mas que grande mudança...

Eu ironizo olhando a rua assim que minha mãe e eu descemos do caminhão.

As casas são coladas uma na outra e a rua nem tem calçamento, o chão é de barro. Vermelho. Sem contar os cachorros que minha mãe e eu ouvimos latindo correndo atrás do caminhão assim que estávamos chegando.

- Eu não acredito que esse homem tirou a gente de um bairro bom para colocar nessa porcaria. - Eu digo.

- Olha como fala, aquele homem é o seu pai.

- É sim, depois de seis anos morando fora mal dando notícias ele lembra que é pai, lembra que é marido.

- Cala a boca e vai abrir a casa logo, para ajudar a carregar as coisas - minha mãe diz pegando minha mão e empurrando as chaves que ela tira do bolso da calça jeans -, o seu pai está vindo descarregar a mudança, gostando ou não é melhor parar de reclamar, eu não quero precisar me estressar com você hoje.

Com as chaves em mãos vou finalmente conhecer a bela casa. Eu estou tão estressada por ter saído tão rapidamente de onde a gente morava, que a garganta chega está apertando, a sensação é de ter alguma coisa atravessada nela.

- Até parece que estava fugindo de alguém - estendo a mão para alcançar o interruptor atrás da porta que está escancarada até o canto.

A lâmpada é de baixa qualidade e não ilumina o suficiente, e tudo pintado de laranja não ajuda nada.

Parece que todo pobre só conhece a cor laranja.

- Está fazendo o quê parada aí? Vai lá ajudar a trazer as coisas pra dentro, o seu pai já está chegando com o Adrian e a Rose.

- Porque ele veio de Uber e não no caminhão de mudanças com a gente? - Pergunto me referindo ao meu pai.

- Eu sei lá, vai logo pegar as caixas!

As coisas estão quase todas na rua, pego o cesto de roupas sujas do meu sobrinho Adrian que minha irmã nunca tem coragem de lavar. Não demora muito e um carro vem se aproximando.

Eles chegaram.

Imediatamente coloco o cesto de roupas sujas onde estava e pego logo a minha caixa com os meus objetos de trabalho, correndo para casa.

- O que você tem? - Minha mãe pergunta quando passo correndo por ela indo para a escada.

- Nada não! Só quero colocar logo as coisas no meu quarto.

Sim eu só quero colocar logo as coisas em meu quarto. Quarto esse que eu vou escolher antes da outra chegar e querer ficar com o melhor.

Escolho o que tem janela e fica de frente para a rua, sem evitar de suspirar fazendo planos sobre como esse lugar vai ficar quando eu pintar e arrumar do meu jeito. Eu quero um cinza desde as paredes até o teto, uma lâmpada que ilumine bem. Minha mesa de trabalho vai ficar perfeita ao lado da janela.

Noites Escuras Onde histórias criam vida. Descubra agora