Como seria descobrir que o cara com o qual você vem flertando a dias na verdade é o seu professor?
Diana tem 17 anos e está prestes a concluir o ensino médio , em seu último ano - o qual ela agora jura que irá levar os estudos a sério - ela coincid...
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DIANA
A toalha escura está forrada em minha mesa de trabalho desde que eu acordei e tomei café. Tem uma sensação de deslocamento gritante dentro de mim, a mesma sensação de quando cheguei ontem a noite da casa da Yas, a sensação estranha de ser uma intrusa ou de não me encaixar nessa casa. No entanto, estou tentando não dar importância para isso, mesmo sentindo o peito sufocando. No fim, não deixam de ser apenas sentimentos negativos e sem sentido por ter ficado quase dois dias fora e sem comunicação.
Logo que desci para a sala a minha mãe estava preparando o que podia para ir ao trabalho, de tudo que passou pela minha cabeça que ela poderia perguntar ou falar, ela apenas comentou sobre eu ter dormido de luz acesa, parece que o meu pai - que já tinha saído para trabalhar fazia tempo graças a Deus - não falou nada sobre o Nathan com ela, muito menos da nossa ida até o hospital para visitá-lo.
Acredito eu que ele não deve ter falado porque espera que eu faça/atenda a sua proposta idiota e suja. Isso me causa um pouco de medo, eu não sei do que o meu pai pode ser capaz de fazer para conseguir o que ele quer. Ele não vai matar ninguém, eu sei disso, afinal isso não é um filme, é a realidade. Mas sinto que de algum jeito ele pode querer fazer chantagem ou coisa parecida usando o Nathan comigo, ameaçando contar para a minha mãe o que vem acontecendo.
Eu preciso mesmo tirar essas coisas da cabeça, vou acabar enlouquecendo e talvez nada aconteça. Queria ter passado mais dias na casa da Yasmin, ao menos lá eu consegui deixar toda essa porcaria de lado.
- Adrian, volta aqui - Chamo-o quando vejo pelo reflexo do espelho ele descendo da minha cama indo abrir a porta do quarto.
Adrian fica batendo com o carrinho na porta impaciente indicando que quer sair.
- Você quer almoçar? Está bem, está bem vamos comer. - Solto a máquina de cola quente e retiro os óculos de proteção, para depois me espreguiçar esticando as costas.
Outra batida na porta.
- Eu já entendi, você quer descer. - Levanto de uma vez, e seguro a mão dele para depois girar a maçaneta - Seu chatinho.
Com todo mundo trabalhando eu me sinto uma preguiçosa ficando em casa, mesmo não estando tão desocupada assim.
Carrego ele para a cozinha colocando o seu almoço, aproveito e coloco o meu também. Depois vamos para a sala onde o deixo em sua cadeirinha e pego o controle indo para o sofá, ligando a tevê na Netflix.
Coloco uma série de época medieval.
Não demora muito e entre um episódio e outro a manhã já virou tarde. Escovo os dentes do Adrian e trato logo de ir lavar a louça, ficando de olho nele o tempo inteiro para não descer da cadeira e ir aprontar pela casa. Deixo tudo no escorredor.
Alguém bate na porta.
- Quem será? - Deixo o pano de prato com o qual estava secando as mãos em cima da tampa do fogão, e vou ver.