Capítulo 9

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DIANA

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DIANA


Em cima da cama da Yas tem uma infinidade de biquínis e maiôs, mas não param de chegar mais.

- Porque você tem tantos assim? - Eu rio pegando um amarelo nas pontas dos dedos, pra depois jogar em cima da pilha.

- Para ter variedade e opções, ué. - Fecha a gaveta de baixo do guarda-roupa e estreita um dos olhos mirando a parte de cima de um biquíni verde tomara que caia em mim. - Esse é novinho, testa lá pra ver se fica bom.

- Meninas andem logo! - A senhora Noélia chama da sala esperando a gente. - O tempo vai acabar fechando pra chuva.

- Nós já estamos indo, mãe! - Yas berra me segurando pelos ombros e me virando, empurrando para o banheiro com pressa. - Vai logo, Diana! Eu não vejo a hora de chegarmos na cachoeira. - Ela dá um gritinho no final fechando logo a porta, sem nem esperar eu dizer alguma coisa.

- Maluca... - Sussurro achando graça.

De frente para o espelho pendurado na parede eu coloco apenas a parte de cima, ele tem bojo e um círculo dourado de metal no meio formando um pequeno decote. Com certeza ela deve pegar essas coisas da loja da mãe, além de ser lindo esteticamente é confortável e sexy. Deve ser caro pra caramba.

Ontem depois daquela conversa absurda do meu pai, acabei chegando quase dez da noite aqui. Não deu tempo da gente fazer nada do que tínhamos planejado, apenas dormir.

Dormir nem tanto, não é? Eu não conseguia pregar os olhos de jeito nenhum, o tempo inteiro com aquela sensação de tristeza e decepção por dentro revirando o meu estômago. Não faço ideia de quando foi que peguei no sono.

Mas em parte eu estou bem. Bem melhor do que esses últimos dias, ao menos hoje decidi que não vou pensar naquele velho. Vou aproveitar o dia tomando banho na cachoeira, ouvindo música e aproveitando ao máximo porque amanhã à noite já vou voltar para casa.

- E aí, ficou bom? - Apareço na frente dela que está sentada na cama arrumando a bolsa com as coisas que ela quer levar.

- Está maravilhoso, mas e a parte de baixo?

- Ah, eu não quero usar. Fica parecendo que estou de calcinha. Prefiro o short mesmo.

- Sua freira puritana. - Rir jogando um short de algodão com estampa de jeans. - Esse é melhor pra entrar na água.

Pegamos a estrada no jipe da sua mãe em direção a saída da cidade, que é onde está as partes de mata e obviamente a cachoeira. Não temos praia por aqui, mas em compensação natureza é o que não falta. Na verdade até tem mas é na capital, então fica longe.

No caminho o semáforo fecha bem em frente ao hospital, e uma vontade enorme de abrir a porta e correr para vê-lo rapidinho parece esquentar por dentro, deixando as minhas pernas inquietas e o peito cheio de suspiros.

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