Love of my life - wolfstar [COMPLETA]

Cap 9 - the love of my life

tw: gory

“But, baby you were the love of my life”

Remus’ POV

    Não tentaram me segurar, ou gritaram para eu me afastar, nada de “Senhor, não ultrapasse essa faixa!” ou coisa parecida.

   Um dos paramédicos me empurrou para o lado, mas apenas isso.

   O cheiro de chuva foi o que me fez perceber que havia chovido por ali, e não a pista molhada. A barulheira de gente indo e vindo me deixava tonto.

   Não vi Sirius de imediato, olhei em volta o procurando mas as únicas coisas que via eram os socorristas, os carros capotados e um homem loiro sentado no meio fio. Ele estava bem, apenas alguns cortes e hematomas no rosto e aparentemente uns ossos quebrados.

    Não pude deixar de desejar que aquele fosse Sirius.
 
    Senti uma mão em meu ombro e me virei rapidamente, era um dos paramédicos.

— Você é o Remus? — Perguntou.

   Acho que concordei com a cabeça, um movimento quase imperceptível.

— Certo, preciso que você…

   Alguém gritou para que o ajudassem e o socorrista saiu correndo até ele, se jogando no chão. 

   E foi então que o vi. Vi seus pés, a única parte que não estava tampada por corpos de socorristas.

   Pés com um belo par de coturno que eu reconheceria mesmo se estivesse a quilômetros de distância.

   Os coturnos de Sirius.

— Não temos pulso! — Ouvi alguém dizer, uma voz feminina.

   Eu queria poder dizer para todos eles saírem dali. Queria poder dizer para me deixarem sozinho com Sirius e o levar para casa, mas é lógico que isso não seria possível.

    A não ser que ele acordasse.

    Esperei que, de repente, Sirius se sentasse, inspirando ar desesperadamente e então viesse até mim, mas o único sinal que tive dele continuou sendo seus pés imóveis.

    Lembrei de quando o encontrei dormindo no sofá de James, vi seus pés antes de vê-lo por inteiro porque eu estava no corredor e o sofá ficava praticamente encostado na parede oposta. A visão era a mesma, com exceção do fato de que ali tinham paramédicos em cima dele e, ao em vez do sofá, ele estava deitado no asfalto.

— Daqui a pouco James aparece com uma canetinha para desenhar no seu rosto — Falei, cutucando sua barriga e o fazendo acordar.

— Deixe que venha e eu o mando ir à merda — Falou, cobrindo a cabeça com uma almofada.

— E eu? Será que consigo te fazer acordar? — Precisávamos ir embora porque a nossa carona, Marlene, já estava indo também, eu estava apenas enrolando para que Sirius pudesse descansar.

    Tínhamos bebido, eu e Sirius. Não iríamos dirigir.

    Nunca fomos muito responsáveis mas sempre tivemos medo de acidente de carro.

   Irônico não?

   Talvez seria, se não fosse trágico.

   Sirius concordou com a cabeça e acordou dizendo que eu era o único ser na terra que era capaz de fazê-lo acordar sorrindo.

   Marlene disse que a carona foi um saco porque eu e Sirius não parávamos de nos beijar ou ser “um casal fudidamente fofo”, nas palavras delas.