Cap 1- you were

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“Baby, you were the love of my life, woah
Maybe you don't know what's lost 'til you find it”

    Remus Lupin. Esse era o amor da minha vida.

   Por longos meses nós estabelecemos uma boa relação na qual o amor prevalecia. Eu cuidava dele, ele cuidava de mim. Parecia até perfeito demais para ser a minha vida.

    Todos os meus dias giravam em torno dele, mas não no sentido ruim, como uma dependência emocional. Era apenas algo que me fazia ver o sentido em levantar da cama e encarar mais um longo, chato e monótono dia.

    Porque, antes de Remus, os meus dias eram apenas assim, sem a luz que ele trazia consigo e iluminava a chatice diária. James até costumava dizer que a minha vida era dividida como antes de Cristo e depois de Cristo. “Antes de Remus e depois de Remus.

    Quando tudo começou, eu sentia como se finalmente pudesse ser feliz de uma vez por todas, sem me preocupar com meus problemas familiares, minha relação conturbada com meu irmão mais novo, a falta de aceitação sobre minha sexualidade por parte da maioria, senão todos, que conheço como família de sangue.

      Sempre amei Remus. Desde a primeira vez que o vi. Eu só não soube disso desde o início. 

     Nos conhecemos quando ainda éramos crianças, onze anos, aula de geografia, quarto ano. Mas eu era jovem demais para entender que não era a linda Marlene Mckinnon da carteira da frente que me atraia romanticamente.

     Mas também não era como se ela estivesse interessada em mim.

—Ela não para de olhar para você!— Disse o mini James do quarto ano, quando Marlene se virou para trás na cadeira pela vigésima vez na manhã.

—Ugh, credo! Eu ‘tô olhando pra minha amiga!— A loira respondeu, indicando a garota negra logo atrás de mim.

   Dorcas.

   Também apenas amizade naquela época, mas futuramente as duas começaram a namorar e não surpreenderam ninguém.

    Foi engraçado porque, eu lembro de James dizer que pareceu pré destinado. Marlene, a garota que James achava que gostava de mim, acabando junto á menina atrás da minha carteira, e eu, o garoto que James achava que Marlene gostava, acabando junto ao garoto quieto da carteira à frente de Lene.

    Quieto até certo ponto, eu descobri mais pra frente.
  
    E sim, Remus se sentava em frente à Marlene. Fileira quatro contando a partir da porta, formando casais desde 1982.
  
    Fiz amizade com ele e continuamos assim até o terceiro ano do ensino médio, onde acabamos nos beijando durante uma festa de fim de ano organizada pelos alunos, na casa de Lily Evans.

—Verdade ou desafio, Black?— Perguntou Dorcas, sorrindo de orelha a orelha, ela já tinha algo em mente e eu sabia disso.

    Mas mesmo assim respondi a última coisa que você deve responder em um jogo de verdade ou desafio, a não ser que você não veja problema em beijar qualquer um da roda:

—Desafio.

    Tudo bem que eu realmente não tinha problema em beijar qualquer um dali, ainda mais se a pessoa que Dorcas tinha em mente fosse a mesma que eu estava pensando.

—Eu te desafio a…— Ela pareceu pensar, mas eu sabia que era só atuação— Beijar o Remus.

    Tcharam! Era a pessoa que eu estava pensando.

    Dorcas tinha um braço por volta dele e o balançava de um lado para o outro como se tentasse animá-lo.

    Olhei para o garoto que estava sentado ao lado de Dorcas. Ele olhou para ela como quem dizia “sério mesmo?” e, em seguida, seus olhos castanhos estavam focados em outra coisa.

    Em outra pessoa.

    Em mim.

—Ei, Moony— Falei, antes que ele pudesse ser o primeiro a dizer alguma coisa.

    Isso de Moony: Eu o chamava assim desde quando éramos apenas amigos, então não era como se eu estivesse flertando com ele.

    Mas talvez eu estivesse. Ou quisesse estar.

    Passados alguns segundos já não estávamos mais na roda, mas sim espremidos dentro de um banheiro apertado da casa de Lily.

    Estávamos tentando de todas as maneiras tocar e sentir um ao outro. Parecia que nem a maior aproximadamente era suficiente.

     Talvez fosse porque queríamos aquilo à muito tempo, então pareceu… urgente? Talvez essa seja uma boa palavra para definir.

     Mas não era como se esse ocorrido na casa da Evans tivesse feito com que nos tornássemos algo a mais. Na verdade, passamos anos fingindo que nada aconteceu.

     Até o ano passado.

     Onde eu finalmente consegui jogar tudo para o ar e correr para uma das únicas pessoas que realmente me fazia bem. Contei a ele o que sentia e, pela primeira vez na minha vida, as coisas saíram como o planejado.

     Eu apareci na casa dele em plena madrugada e disse que, se ele não me beijasse naquele segundo, eu iria entrar em colapso.

—Nem um segundo a mais, agora— E, na verdade, eu nem consegui terminar de pronunciar o “agora”, porque os lábios dele já estavam colados aos meus.

     Sim, realmente reconfortante. Mas não foi assim para sempre.

     Mas a loucura de relacionamentos é conhecida. Todos sabem que nunca é fácil resolver algum problema e ele sempre acaba se tornando dez vezes maior do que era.

   Um tempo se passou e notamos que algo estava errado, não era mais como antes e definitivamente algo estava perdido.

     Mas é claro que não sabíamos o que era. Não até encontrarmos onde estava o problema quando já era tarde demais.

uma historia para:wolfstarmonth
betagem: butterfly_glow
capa por: Grace4Mee
banner de capítulo por: Grace4Mee
próxima fanfic: hinnyluv

Love of my life - wolfstar [COMPLETA]Onde histórias criam vida. Descubra agora