Oie! Como vc está?
Céus, sempre que venho publicar um cap novo me sinto constrangida pela demora em atualizar. Mas sei que você entende! 🥺
Enfim, boa leitura! 💜
25 de agosto de 1790.
Querido Diário,
Não foi fácil me despedir do senhor e da senhora Son antes de me mudar de vez para a casa da colina. Confesso-te, com esses meses morando naquela mansão, comecei a pensar que fazia parte da família.
Céus, quando me lembro das coisas que faço com o noivo de minha irmãzinha, sinto o pecado correr por todas minhas veias. Perdoa-me, Mayumi. Perdoa-me, Deus.
Será que haverá um dia em que irei me arrepender disto?
Enfim, montei meu abrigo aqui, nesta pequenina casa. Para cada canto que observo, há um pouco de mim, e de Jeongguk. Nós. Nós estamos por todo lado aqui. É onde podemos existir.
Aqui sinto que pertenço.
Miro para além da janela e, diante do beijo azul entre o céu e o mar, questiono-me se onde mamãe está também tem uma vista paradisíaca como essa.
Gostaria que ela estivesse aqui.
Será que, assim como o mundo nega nossa existência, ela também rejeitaria a mim e a Jeongguk? Acredito que não, Diário. Mamãe nos daria colo, e se fosse preciso ir contra o mundo inteiro, ela iria.
Quando ela se foi, levou uma parte minha também, e agora sigo me procurando por aí, tentando me encontrar.
Apenas quero voar, Diário.
﹋﹋﹋﹋﹋﹋﹋﹋﹋﹋﹋﹋﹋﹋
26 de agosto de 1790.
Querido Diário,
Não dormi muito bem. A casa na colina de noite dá um pouquinho de medo. Não venhas chamar-me de medroso. É de fato estranho estar rodeado de silêncio e escuridão, sozinho. Fico sujeito a encarar pensamentos que emergem apenas na mudez. Eles aproveitam minha vulnerabilidade e me surgem com caretas horrorosas, e eu sinto medo. Muito medo.
Tive vontade de ter Jeongguk comigo. Ele teria me abraçado.
O que me fez companhia, além da vela acesa em minha mesa, foram as cartas que mamãe recebeu. Li muitas. Queria fugir da realidade, mas também quis dar continuidade aos meus planos. Quando estou com Jeongguk, costumo esquecer-me do propósito pelo qual me mudei para Mansan.
Não estou reclamando. Minha necessidade de buscar respostas para a morte inesperada de mamãe às vezes me asfixia, o vazio afunda o meu peito e é como estar nas águas profundas do mar, lutando arduamente para chegar à superfície, a pressão me esmagando.
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Em uma outra vida, eu serei o teu garoto | taekook [🕊️]
FanficEM BREVE LIVRO FÍSICO FINALIZADA | taekook | séc XVIII | romantismo | romance epistolar | +18 Kim Taehyung era um jovem sonhador e romântico, que contemplava a natureza e questionava os segredos da vida. Mudou de província à procura de desvendar a...