03. Gostaria que o dia não findasse

1.7K 301 525
                                    

Olá, anjinho! Quanto tempo, hm? 🥺
Tudo certo por aí?

Trouxe mais um capítulo de #sigilotk. Desejo que goste! Fiz com muito carinho, adorei escrever esse capítulo :)))

Não se esqueça de me apoiar com comentários e votinhos. Me motiva muito mesmo 💜

Boa leitura!!!

05 de julho de 1790

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

05 de julho de 1790.

Querido Diário,

Sinto que poderia gastar imensas horas apenas com esta pena na mão, sentado nesta cadeira, escrevendo-te acerca do dia de hoje. Gostaria que ele não findasse. Como isso é impossível, eternizarei-o neste papel. Em tu, Diário. Guarde-o com ternura.

Acordei no final da manhã, já tristonho, sem nenhum motivo aparente. Talvez fosse porque minha Yumi não estava em casa, justo hoje que foi minha folga. Todavia, decidi encontrar um livro que me cativasse, para lê-lo durante o dia todo. Às vezes, só o que precisamos é de literatura em nossa vida. Embora parecesse que tal livro se escondia de mim, eu não desistiria da minha busca tão cedo.

Porém ouvi batidas nas portas da biblioteca. Segundos depois, o senhor Seo, mordomo dos Son, abriu-as e pediu licença antes de anunciar que Jeon Jeongguk estava ali. Surpreendi-me.

Escrevendo-te, me questiono se essas são algumas das manias do Jeon: aparecer sem avisar, ser imprevisível. Certamente é.

Ele entrou e, de modo incomum, o cômodo se tornou mais claro. Vestia roupas menos formais, ainda que bastante majestosas. Bonito.

"Jeon", cumprimentei-o com uma reverência assim que o senhor Seo nos deixou a sós. "Que visita inesperada."

"Não pude evitar vir até aqui. O dia está lindo, seria um desperdício não passear", justificou-se, possuía um sorriso aberto. Estava radiante, tal qual o sol que ardia do lado de fora. "Concederias-me o privilégio?"

Franzi o cenho para disfarçar o descompasso em meu peito.

"Mayumi não está", falei, ríspido. "Foi com a senhora Son à casa de uma tia. Saíram durante a aurora."

Voltei-me às prateleiras abarrotadas de livros. Notei quando ele se aproximou, sorrateiro. Tentei disfarçar a inquietação passando os olhos pelos títulos, no entanto nada lia. Minha mente estava embaraçada demais para eu me concentrar nas letras.

"Eu sei", ele disse. "Não vim por ela, mas por ti."

Olhei-o com evidente confusão, o certo e o errado conflitavam em minhas íris. A incerteza tragava (e ainda traga) minha racionalidade, de maneira paulatina. Suspirei.

"Estou ocupado, Jeon. Preciso encontrar um livro para ler", a prudência respondeu por mim, mas meu coração protestava para eu não dar ouvidos. Minha pele queimava.

Em uma outra vida, eu serei o teu garoto | taekook [🕊️]Onde histórias criam vida. Descubra agora