Capítulo |6|

38 6 3
                                    

— O Caminho está bloqueando levaremos um tempo até retirarmos as arvores — avisou Ethan perto a janela da carruagem

Enquanto Dayane tivera assentido sem questionar, Camile sondou o olhar do homem, conhecia-lhe o suficiente para saber que algo estava errado.

— Será melhor que não descessam até estar resolvido.

— Tudo bem. Sejam rápidos por favor! — o homem assentiu e afastou-se.

— É melhor agasalhar-se tia, está cada vez mais frio. — aconselhou Camile.

Abriu a porta e desceu antes que lady Dayane a pudesse contestar. Caminhou até a árvore caída que Ethan inspecionava com atenção.

— O que houve?

— Pedi que não descesse! — a voz autoritária do homem tão pouco a intimidou

— Sei que tem algo errado, Ethan. O que houve? — insistiu

Olhou para a menina e aprofundou a respiração cedendo.

— Olhe para árvore — olhou em direção ao dedo do homem — árvores caídas têm pontas salientes... — devagar Camile aproximou-se de Ethan e olhou para os lados receosa

— A-a árvore foi cortada?

— Fale baixo, não quero que lady Dayane se preocupe.

— Quem faria isso? — Sussurou

— Saqueadores.

— Desde quando há saqueadores em Mitch?

— Mitch já não é o que era, Camile, precisa acostumar-se a isso...

— LADRÕES!!!

O grito alto do homem despertou Ethan que desembainhou a espada e pegou firme a mão de Camile até a carruagem.

— Mantenha-te aí e não saía. — o chacoalhar de espada e o som metálico invadiam o espaço. Camile olhou para o homem prestes a virar-se e voltou a segurar-lhe a mão, fixaram o olhar.

— Tenha cuidado — o soltou, junto ao olhar repentinamente marejado, lhe viu se afastar.

Dentro daquele pequeno espaço tentou controlar a emoção e tranquilizar a tia prestes a ter um ataque de pânico. Apertava os dedos uns nos outros enquanto olhava para os lados.

— Acalme-se tia, não eram tantos homens. Não há de haver nada.

Os gritos e sons metálicos eram cada vez mais intensos e inquietantes os relinchar aflitivo dos cavalos eufóricos piorava a situação. Empulsionadas para trás pela velocidade da carruagem que voltara a mexer-se levou a cabeça da menina num infeliz encotro com a madeira.

— Ah... — Gemeu, levou a mão a região e apalpou para aliviar a dor.

O som metálico tornava-se cada vez mais distante, agora só o som das rodas apressadas sobre o chão no puxar dos cavalos se ouvia. Até que por fim parou, Camile saltou para fora e ajudou a tia a descer.

Olhou para os lados asseguir de dois passos para frente e nenhuma visão de Ethan.

— Onde está Ethan? — olhou para o homem no cavalo — ONDE ESTÁ ETHAN?

As lágrimas envadiram-lhe os olhos quando Dayane a tocou o ombro esquerdo. Seus pés ainda tremiam e coração batia forte, fixou o olhar na direção escura da propriedade enquanto clamava internamente a Deus para o trazer de volta.

O tempo pareceu não passar, do escuro nada saia até que por fim o galopar de cavalos se aproximou, ansiosa fixou o olhar e as lágrimas cairam-lhe ao ver o animal sem seu cavalheiro. Sentiu o coração dividir-se ao meio e de repente o som a volta já não lhe dizia nada.

Um amor para Senhorita Bornet.Onde histórias criam vida. Descubra agora