43

6 0 0
                                    

Ária permanecia sem mover sequer um músculo, a cabeça pendia para o lado sem forças. Sua pele parecia um fino papel sob os ossos. Seus pulmões ardiam, era como se dentro houvesse fogo no lugar de ar.

Mas nada disso era suficiente para fazê-la ligar suas emoções. Ela enterrara-as no lugar mais fundo dentro de si, um lugar que nem mesmo ela fosse capaz de resgatar.

Stefan entrou na sala, com um pequeno copo em mãos. Ária pôde identificar o conteúdo pela coloração escura no copo descartável. E também por seu cheiro, suas presas se agitaram em sua gengiva implorando para sair.

- Você quer? É sangue fresco - stefan disse balançando o copo, fazendo o líquido se mexer no mesmo.

Sem poder dizer nada graças a sua boca e garganta secas. Ária apenas assentiu levemente com a cabeça, apertando os olhos com a dor que surgiu em seu pescoço após fazer tal movimento.

Stefan se aproximou e posicionou o copo nos lábios da tribida, a fazendo sentir o cheiro do sangue entrar por suas narinas. Seu estômago se remexia em resposta.

O loiro então com um sorriso de canto virou ainda mais o copo, fazendo com que o líquido finalmente chegasse na boca da garota e a permitisse ingerir. Em segundos o líquido já havia sido absorvido pelo corpo de Ária fazendo com que suas bochechas obtessem uma coloração rosada e suas veias inchassem o suficiente para que parassem de arder como uma lixa pelo seu corpo.

Ela sorriu de canto, provocativa.

- Está confortável? - Stefan provocou-a retribuindo o sorriso.
 
- melhor impossível - rebateu a garota mesmo sabendo que aquela cadeira a estava incomodando a horas.

- bom, deveria demonstrar um pouco de gratidão, ou alguma emoção humana, aí podemos parar com isso - stefan deu de ombros.

Ária abaixou o olhar e Stefan pôde ver seu maxilar trincado.

- Ária, olha pra mim! - Stefan pediu, a tribida então ergueu os olhos na direção do vampiro. - Nós podemos parar de te torturar e te trancar. A escolha é sua.

- eu posso te matar, aí acabamos, que tal? - ela provocou.

Stefan olhou para Klaus e assentiu com a cabeça para que ele deixasse a sala, o pai da garota exitou por alguns instantes.

- não vou deixa-la aqui - Klaus vociferou cruzando os braços.

- Klaus, eu preciso de espaço para falar com ela, não é como se eu fosse rouba-la, e ela nao tem forças para sair daqui, por favor, nos deixe a sós- Stefan pediu, o híbrido exitou.

Stefan continuou a observa-lo impacientemente.

- vá papai - Ária disse irônica - busque uma xícara de café para assistir a minha tortura!

- Você faz muito drama amor, você me parece muito bem, na verdade - Klaus sorriu e então finalmente deixou a sala, stefan e Ária estavam a sós.

O loiro analisou a garota mais uma vez.

- Aí está você, a vampira louca e impulsiva - Stefan disse andando de um lado a outro da sala - que com a humanidade desligada se transforma em uma... dissimulada.

- Todos temos nossa personalidade sombria, não é stefan? - Ela retrucou com um sorrisinho irritante nos lábios.

- Acontece, que alguns evitam que esse lado fique em evidência, claramente não foi o seu caso!

- Como pode dizer isso para mim? Olha para você Stefan, o vampiro louco que perdia e retomava o controle por décadas. Em 1917 você foi até Monte Rey e acabou com uma vila inteira de imigrantes - ela disse sombria.

-  insaciável e sanguinário vampiro estripador de monte Rey. - Stefan olhou para cima, lembrando-se de seu assombroso passado, sentiu um arrepio percorrer-lhe a espinha.

O último Sacrifício (TvduXmcu)Onde histórias criam vida. Descubra agora