Capítulo 6: Em Nome de Meus Sentimentos

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- Saiam daqui, não estamos aceitando visit... AH! É TOJI! TOJI ZENIN ESTÁ AQUI- e foi nocauteado imediatamente por um soco de Toji. O homem em questão era um dos guardas da propriedade Zenin, que deveria estar do lado de fora, mas por algum motivo, estava na primeira sala da residência.

- Eu já falei pra não me chamar de Zenin nunca mais, seus imundos. - Toji limpava a mão na camiseta, como se tivesse acabado de tocar em alguma coisa extremamente suja.

- Ah, mas que merda, senhor Fushiguro! - Yuta deu um chute fraquinho no guarda, já nocauteado, pra descontar a raiva - Lá se foi nossa esperança de entrar furtivamente pra procurar a Maki... A gente não vai dar conta da família inteira de uma vez!

- Faremos as duas coisas ao mesmo tempo, Okkotsu. - e abriu um sorriso empolgado, que na verdade era extremamente assustador.

- Do que o senhor está falando...?

- Você não ouviu o que o cara acabou de dizer? - um leve riso soprado emergiu de Toji - ele disse que "Toji está aqui". Em momento algum ele citou algum Okkotsu... Então, pra eles, você não está aqui. Ou melhor, pra eles você tá morto. Agora vê se vai logo, e bem silenciosamente encontrar a Maki. Não faz merda, sacou?

- Mas... E você senhor? - Yuta pareceu assustado e apressado ao mesmo tempo.

- Ah, eu vou distrair eles, agora que já sabem que eu tô aqui. Vai ser melhor, você vai ter menos atenção ainda. - e do guarda jogado no chão, pegou um porrete e um tazer - Eu tenho treino em combate direto, sabia? Eu era o melhor da minha brigada, na época em que eu trabalhava na guarda. - um enorme sorriso surgiu novamente no rosto do homem.

Diversos passos podiam ser ouvidos atrás de uma porta mais adianta, mais deles estavam vindo aí. O tempo estava se esgotando.

- Anda logo, Okkotsu! Vai por aquela porta, só pelo amor de Deus, não deixa ninguém te ver.

Yuta assentiu, e começou a correr em direção à porta, enquanto Toji segurou sua arma com firmeza e aderiu a uma postura de luta. Assim que Yuta alcançou a porta, ele o chamou rápido:

- Ei, Yuta. - o garoto olhou para Toji, apressado - Para com essa coisa de senhor Fushiguro. Tamo junto nessa, não tamo? Me chama de Toji. - e Yuta respondeu somente com um sorriso, e retomou seu caminho.

Yuta avançou, por diversos corredores, andando a esmo, sem pista alguma de em qual cômodo daquela enorme casa estaria Maki.

O piso de madeira fazia com que cada passo de Yuta produzisse um estridente rangido, ao qual dava ao garoto grande agonia. Tinha a sensação de que podia ser ouvido a quilômetros.

Ocasionalmente ouvia estrondos, o que indicava que Toji estava dando trabalho a quem quer que estivesse o enfrentando. Mas Yuta não parava. Continuava, sempre em frente.

Em determinado corredor, Yuta pensou ter ouvido vozes. Naturalmente, apressou o passo, estava quase correndo, quando sentiu que seu pé ficou no lugar onde pisara, e percebeu que seu corpo despencava para frente.

Uma tábua do velho piso havia se soltado, e Yuta tropeçara.

O baque de sua queda produziu um enorme barulho, e as vozes que ouvia cessaram.

- Vocês ouviram isso? - uma das vozes disse, virando o corredor - Vamos! - e ruídos de passos se aproximavam cada vez mais de Yuta, dos dois lados do corredor.

Aterrorizado, sem saber o que fazer, e ainda ao chão, Yuta percebeu que estava à frente de uma porta deslizante, que dava para alguma sala. Não tinha escolha e não tinha tempo de checar, abriu a porta, se arrastou para dentro, fechando-a bem a tempo de ouvir as vozes de antes confusas, por não haver nada no lugar, além de uma tábua solta.

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