Dorme Comigo?

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➳Indiferente.

Era assim que estava minha expressão,
Priscila me mandou sentar e como se eu fosse um robô sentei, segurei o máximo que deu minha cara de dor, minha bunda estava doendo muito, Priscila continuava com a cara fechada.

- Oque esse tempo sozinha te fez pensar
Carol? - ela pergunta com a voz neutra.

- Que eu estou errada e que nunca mais
devo desobedecer minha Dona - digo com a voz frivola.

Priscila revira os olhos.

- Não seja sarcástica.

- Me desculpe não vou fazer novamente
- estava agindo no automático, queria
atingir ela, e o pior era que eu sabia que funcionava, eu não ia deixar ela saber como eu estava com raiva, não ia dar esse gosto para ela, íamos ser estranhas apartir de hoje.

- Para com isso - ela diz agora suspirando.

Assinto com a cabeça.

- Carolzinha, você sabe que eu fiz isso pro seu bem! - ela rodeia a mesa e se senta na ponta de frente para mim parecendo cansada e frustada com os ombros baixos - Você tem que ter juízo nessa cabeça! Você mal conhece a garota! E se alguém lá tivesse
se aproveitado de você bêbada?! Me diz, como você ia se defender?! A Vero ia correr o risco por você? Ou ela estava
bêbada demais a ponto de não conseguir cuidar nem dela mesma quem dirá de você que ela mal conhece?!

Priscila tinha razão, mas eu era muito
orgulhosa para admitir isso, meu ego não deixava, então apenas dirigi meu olhar em direção a parede de pedra vendo através da janela os seguranças rechonchudos caminhando pelo Jardim, ela não poderia me humilhar do jeito que fez me tratando como criança.

- Carol... olha pra mim - Priscila parecia
desesperada, continuo olhando para a
parede, ela não tinha o direito de me
bater, ela não é minha mãe, não é nada
minha! E agora quer me dar lição de
moral, eu sei que estou errada, mais
dane-se.

- Estou olhando - digo ainda fria olhando rapidamente para o rosto cansada e abatido de Priscila, ela sempre ficava assim quando a briga comigo era séria.

- Não, você não está, não de verdade -
Priscila passa a mão pelo rosto e logo
volta a sua posse autoritária - você está
de castigo mocinha! Para você aprender vai voltar a rotina antiga, quero todos os comôdos que você limpou semana passada
limpos novamente! Além disso quero
que você organize minha sala antes que eu acorde e volte de noite! Essa semana você vai conhecer seus novos professores, minha prima vanessa veio da Espanha e está desempregada, então ela vai vir aqui duas vezes por semana dar aula uma hora por dia de empreendedorismo e lucas
também, ele vai dar aulas de gaélico
irlandês para você, já que você já fala
inglês fluentemente e espanhol, é fácil até, vamos ver se com mente fechada você para de pensar em aprontar, não?

Me limito a olhar para ela e concordar.

Ela estava visivelmente incomodada com isso, foi um incentivo para mim continuar.

Ela coçou a nuca.

- Você acha que aguenta tudo isso? - viu, ela odiava que eu ficasse assim, fiz isso quando ela me obrigou a me mudar para cá, Priscila me encheu de presentes para mim voltar ao normal, ficou a semana toda me mimando, e eu conhecia ela o suficiente para saber que ela ia fazer o mesmo agora, ela sabia que eu fazia isso quando estava muito puta com ela, só que agora presentes não iam me comprar, concordo com a cabeça olhando
pra a parede novamente, Priscila supira
passando as mãos no rosto novamente
- Carol, tá doendo muito? - ela pergunta
parecendo arrependida, eu nego com a
cabeça mesmo minha vontade sendo de
abaixar minha calça para ela ver a merda que fez comigo e avançar nela falando que nem sentar eu consigo sem sentir dor. Priscila engole em seco, ela parecia um cachorrinho sem dono, ela devia estar se sentindo super mal, ela nunca levantou a mão para mim, mesmo eu muitas vezes
tirando ela do sério quando era mais
nova, ótimo! - Er...é só isso, vem vou te
levar para comer você deve estar super
faminta, não comeu nada o dia inteiro -
ela se levanta e me puxa pela mãos, meu consolo foi ver a mão dela toda vermelha e ela hora o outra fazendo massagem na mesma.

A Má-Drasta (Carol E Pri)Onde histórias criam vida. Descubra agora