Capítulo 5

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Certo, eu devo um enorme pedido de desculpa a todos pela demora. Foram três anos tentando me reconectar com essa estória, um longo tratamento de depressão e uma nova realidade para organizar.

Eu realmente quero de todo o coração terminar de contar a estória de Tom e Harry para vocês, assim como quero contar muitas outras estórias que tenho guardadas.

Embora eu sei que não posso prometer atualizações constantes, pois atualmente faço duas faculdades, um curso extra, jogo vôlei uma vez por semana, trabalho 40h semanais, tenho um relacionamento e estou construindo uma casa.🤪 (Como eu não pipoquei eu ainda não sei, mas eu to me saindo muito bem nisso e quero voltar a contar estórias à vocês.)

Portanto, peço que continuem sendo tão pacientes quanto foram até o momento e agradeço o apoio de vocês desde sempre!❤️

É isso, a filha pródiga retorna ao lar!😏

Boa leitura, doces!🎨

•⚜️•

DRACO MALFOY

O fogo crepitou na lareira recém acesa, as chamas iluminavam a escuridão que assolava o escritório de Harry naquela madrugada. Ele levou as mãos aos cabelos, respirando fundo e sentando na poltrona de couro em frente a lareira. Seus olhos pesavam sem a injeção de adrenalina, o cansaço parecia percorrer seus ossos e contaminar suas veias. Ele poderia voltar a dormir, poderia fingir que seu coração não havia vacilado quando o alfa de olhos negros atravessou a lareira. Ele o ignorou da última vez, mas sentiu que não poderia mais ignorar aquilo. Ele sabia que não poderia ignorar aquilo que aconteceria assim que seus olhos se cruzassem. Draco sentiu o início, a conexão começar no fundo de seus nervos. Ele não o poderia ignorar mais. E não queria.

Ele passou a mão sobre o rosto, pegando sua varinha e acenando para o conjunto de bebidas sobre a lareira, levitando uma até sua frente. Com lentidão, Draco derramou o líquido em um copo e devolveu a garrafa a lareira. Ele segurou o copo em mãos, apoiando uma perna sobre a outra e olhando para as brasas ao tomar o primeiro gole daquela merda gloriosa. Ele não tinha a menor ideia do que diria, do que aconteceria, ele sequer sabia que horas deveria ser. Embora ele não estivesse surpreso, aqueles dois idiotas adoravam seguir o caminho mais difícil, adoravam se auto sabotarem e adoravam se fazer sofrer por motivo nenhum. Honestamente, Draco não entendia porque ainda não haviam se resolvido. Ambos já se perdoaram, ambos fizeram progressos consideráveis em seus respectivos tratamentos, ambos sentem a porra da falta um do outro.

Ele olhou para a janela, o breu assolava o jardim que Harry cuidava com tanta blandícia e pouca luz recebia da lua escondida por nuvens. Ele supôs que deveria ser perto de duas horas da manhã, mas não se preocupou em conferir. Ele tinha muito mais o que pensar do que as horas. Elas seriam dispensáveis, triviais, quando o alfa de olhos negros que nunca havia desaparecido completamente de seu peito entrasse por aquela porta. Blaise Zabini. O elegante Blaise Zabini, o misterioso Blaise Zabini, o sensual Blaise Zabini. Blaise, o seu amigo de infância. Blaise, o seu melhor amigo. Blaise, o garoto por quem ele se apaixonou primeiro. Blaise, o garoto que o magoou. Blaise, o garoto que no fundo, ele nunca deixou de amar. Ele sabia o que havia sentido por Blaise, sabia o quão importante o alfa havia sido. Mas também sabia o que sentia por Harry. E era tudo uma merda confusa.

Ele sequer tinha certeza daquilo que o fizera perder Blaise Zabini. Ele sequer saberia dizer o que era verdade e o que era mentira. Quem teria dito mentiras? Quem teria dito verdades? O que ele teria desprezado? Como deveria ter reagido? Ele sequer deu a chance de Blaise explicar. Ele sequer pensou nessa possibilidade quando as palavras de Daphne Greengass chegaram aos seus ouvidos, quando quebraram seu coração e fizeram seu peito doer. Blaise seria capaz de fazer isso a ele? Blaise o amava, não amava? Por que, então, ele duvidou? Draco sabia a resposta. Ele levou o copo aos lábios outra vez, derramando o líquido por sua garganta antes de pensar naquilo que havia evitado. Harry não era o único adolescente quebrado e fodido da cabeça, Draco também havia sido quebrado por Voldemort. Da sua própria maneira, com sua própria dor e ouvir aquelas coisas, ouvir aquilo que o machucou e destruiu o pouco de confiança que tinha fora o suficiente para o estopim.

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⏰ Última atualização: Aug 21 ⏰

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