Quando saímos da sala passamos por um corredor com algumas portas fechadas. Depois uma grande área com algumas caixas tapadas, alguns carros e motos.
Durante todo caminho olhei pra ver as possíveis saídas, mas tinha pelo menos mais umas quinze garotas armadas. Eu e Toni não conseguiríamos sair dali sozinhas.
Por outro lado nós tínhamos lá fora sete pessoas quatro homens e três mulheres, sendo que tirando a Betty, que eu não sei qual é o treinamento, as outras duas não tem treinamento nenhum.
Sabe , parece que só agora estou me dando conta da real merda que estávamos metidas. Nós estamos brincando de 007, ou sei lá o que, mas nós mal sabemos atirar. Sabemos lutar, mas nada profissional. Se aparece um ninja ou qualquer um que saiba um pouco de luta nos quebra ao meio!
Eu não sei qual é o nível de organização que elas tem aqui. Sei que as duas que ficam na porta da frente tem metralhadoras ali perto delas.
Metralhadoras??
E nós vamos lutar com o que?
Palavrões, cuspe e o cotovelo da Toni??Eu tava tão puta da vida com toda essa merda!
Eu e a Toni estávamos sim correndo risco de vida! Isso não era brincadeira. Essa briga é de cachorro grande, o que nós estamos fazendo o que metidas aqui?
Agora, no fundo, eu tô apavorada.Antes de entrar na sala com Rafaela uma garota me revistou, passando a mão literalmente em todo meu corpo. Que nojo! Me senti abusada, mas relevei, não é o momento pra mimimimi.
Elas tiraram o meu celular, as minhas chaves, o rádio, as câmeras e minha carteira.
Entramos na sala só eu e a Rafaela.Meu plano era ser sincera, porque inventar coisas agora só podiam me complicar mais.
- Então Cheryl? - ela perguntou sentando em sua mesa e me apontando a cadeira a frente.
- Bom vou ser direta e sincera com você. Não sei se tu está sabendo, mas tem algumas cidades aqui da nossa comarca sendo invadidas.
- Sim estou sabendo.
- Então, nós estamos tentando nos proteger, descobrir quem está por trás disso e criar uma resistência.
- E vocês iriam fazer o que aqui no meu galpão?
- Colocar câmeras.
- Pra quê?
- Para obter informações.
- Que tipo?
Fiquei em dúvida, o que íamos ver mesmo com as câmeras? Será que eu devia dizer que era ideia da maluca da Babs com idéias de 007? Acho que ela não ia acreditar.
- Se podíamos confiar em você.- respondi diretamente.
- Acho que câmeras não iam dizer isso. Câmeras diriam quantos nós somos, o que fazemos com quem negociamos e monitorar melhor momento de ataque.
Hum, não tinha pensado nisso. Pior que ela tinha razão. Parecia mais isso do que outra coisa.
- Porque não vieram falar comigo direto?
Helooo! Era o que eu queria desde o começo! Mas não sei o que responder.
- Sabe o que eu acho Cheryl? Que tu tá mentindo pra mim.
- Eu sei que parece isso que tu disse aí, mas não é. Foi só o uso da estratégia errada, ninguém sabia quem tu era.
Ela não pareceu nada convencida e eu precisava pensar em outra coisa.
- Sinceramente Cheryl, eu gostei de você. - levantou passando as mãos pelos meus cabelos.- Mas essa tua história está mal contada. Eu não confio nem vou com a cara da Toni, logo eu realmente não estou gostando nada dessa situação.
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Rivais
FanfictionCheryl é uma badgirl popular, Toni é uma latina de sangue quente. Em uma pequena cidade o destino insiste em colocar as duas frente a frente ao longo dos anos, mas elas se detestam! Seria todo esse ódio amor? Depois de um longo histórico de desavenç...