Quando finalmente fui liberada já era dia claro devia ser quase oito da manhã , me entregaram meu celular sem bateria, minha carteira , chaves e só.
Eu fui caminhando até onde deixei minha moto . Eu ainda estava ligada no botão do automático, não sentia nada, não pensava em nada. Na verdade eu nem acreditava que realmente eu fosse sair dali.
De manhã a Rafaela saiu do quarto sem falar muita coisa e não voltou mais. Aí umas meninas me devolveram minhas coisas e me deixaram sair. Nem me levaram até a moto. As vezes eu olhava pra trás pra ver se alguém me seguia ou se iam atirar em mim por trás.
O meu trabalho eu fiz bem feito, ninguém grita assim fingindo orgasmo. Eu acho. Mas uma vez que sou mulher também é bem mais fácil reconhecer fingimento.
O que eu senti? Nada, até porque a idéia que igual ela podia me matar não saiu da minha cabeça o tempo todo.
Sentei na minha moto suspirei fundo, o fato de não ter ninguém atrás de mim, não significa que não vou levar um tiro a qualquer momento. Dei a partida e fui embora.
No meio da estrada eu não pensava em nada só sentia o vento no rosto, depois de algum tempo, já sem me sentir ameaçada senti minha moto balançar mais que o normal no guidom. Olhei pra baixo e eu estava numa velocidade absurda, até pro motor que eu tinha. Diminui a velocidade caindo na real que estava livre e comecei a pensar em tudo que aconteceu.
Meu corpo começou a tremer tanto que tive que parar a moto por não conseguir controlar.
Sentei na beira da estrada e tremia inteira, descontroladamente, até meus dentes batiam. Parecia que eu estava tendo um ataque epilético.
Tentei respirar fundo e me acalmar. Mas não estava adiantando muito.Se eu pudesse ligar pra Babs pra ela me ajudar. Eu estava braba com ela, mas ela é minha melhor amiga e a única pessoa que ia me entender agora.
Esperei meia hora até me acalmar respirando fundo e tentando pensar que tinha passado. Que tudo terminou!
Voltei pra moto, tremendo menos agora, e fui pra casa. Eu não queria pensar em mais nada, nem falar com ninguém e provavelmente matar o Jughead! Ou o Archie! Ou os dois!
Entrei em casa e me deu vontade de beijar o chão e nunca mais sair dali. Quando tranquei a porta e me virei vi Toni levantando do meu sofá.
Ela tinha um olho roxo e o canto da boca inchado. Mas pior que isso? Uma cara puta da vida !
- O que foi isso Cheryl?-ela gritou
- Qual parte tu quer que eu explique?- Suspirei não acreditando que ela estava braba sentei no sofá.
- O que tu estava fazendo até agora lá?
- Esperando ser liberada.- respondi sem saco.
- Que história foi essa de negociar e ficar lá sozinha?
- Foi o que deu pra fazer.- respondi seca.
Não tô afim de papo. Eu sei porque ela tá braba, mas no momento não tenho cabeça pra falar sobre isso. Não estou feliz com o que fiz, muito menos tranquila, mas sei que foi o que eu pude fazer.
- Tu pensa que eu sou burra Cheryl?
- Espero muito mesmo que não!- falei indignada com a frieza dela de não ver que eu não tô bem.
- Tu é uma idiota sabia?- ela disse braba.
Não falei nada, eu já estava puta da vida com três pessoas e agora estava começando a ficar puta com ela, por esse ataque de ciúmes ridículo! Depois de tudo não quero brigar de cabeça quente. Eu poderia falar muita merda!
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Rivais
FanfictionCheryl é uma badgirl popular, Toni é uma latina de sangue quente. Em uma pequena cidade o destino insiste em colocar as duas frente a frente ao longo dos anos, mas elas se detestam! Seria todo esse ódio amor? Depois de um longo histórico de desavenç...