Rivais

24 horas ( parte I - hot)

Quando sai do banheiro encontrei Toni vasculhado a sala.

- Cher eu preciso achar meu celular...

- Deve estar na sacada.

Ela foi pra lá e eu a segui. Reviramos um pouco a poltrona e não deu outra: ele estava caído entre o braço e o assento.

- Tá sem bateria..

- Pega meu carregador, tá ali do lado do sofá.

A noite estava agradável, o céu estava estrelado, tinha uma leve brisa, mas não estava frio.

Fiquei ali escorada olhando um pouco pro céu, quando senti Toni me abraçando por trás. Ela enfiou as mãos por baixo da minha camiseta, como fez na moto, e ficou me fazendo carinho, arranhando a minha barriga. Depois ela deitou a cabeça nas minhas costas. Eu entrelacei nossos dedos, mas mesmo assim ela conseguia ficar fazendo carinho com o dedão.

Minha cabeça não podia estar mais louca! De um lado eu quero agarrar a Toni, deixar meus instintos falarem mais alto e devorar ela todinha. Por outro lado acho que eu ainda tinha que ir devagar com ela... Primeiro porque ela não parece ainda totalmente à vontade com meu corpo. Ela só me toca em partes não íntimas... Ri disso.

Depois, ela falou que eu a assusto e não sei se é nessa questão sexual... e ainda por cima de toda essa confusão, tem ela assim toda fofa me fazendo carinho.

Eu não posso negar que ela tem sido carinhosa comigo. Mais do que eu esperava! Porque é a Toni, né?
Aquela bomba relógio! Tu nunca sabe se vai explodir.

Ela uma hora tá ali... de boa... e daqui a pouco pula no meu pescoço ou me joga escada à baixo. Eu podia ter me apaixonando por uma coisinha mais fácil, né?

Ai meu Deus essa latina louca é minha perdição!! O que eu faço?!?

O mais engraçado é que eu não sei se agora que estou aberta a carinhos, ou se nunca ninguém ficou me fazendo carinho assim antes. Também não sei se eu dei chance pra alguém me fazer carinho... E pior que eu tô adorando isso!!!

Minha vida sempre foi meio... sei lá... Eu me criei com meu pai, a gente não tinha isso. A gente não se abraçava, nem nada do tipo. Eu sempre resolvi meus problemas sozinha. Se eu caia ou me machucava, ou estava com cólica... eu sempre me cuidei sozinha.

Também tinha a Babs, que sempre foi minha super amiga. Mas a Babs é a Babs né? Nós temos aquele jeito juntas, nos adoramos, mas não somos de "frescuras".

Aí vem essa latina dos infernos e vira meu mundo! Eu fico trouxa, quero colocar ela no meu colo, quero que ela me coloque no colo dela... Depois eu quero foder ela até ela pedir pra eu parar... Depois quero que ela me agarre e me prenda na cama dela pra sempre... arrrrrgghh... Chega de pensar!

Ainda tem isso! Eu nunca pensei tanto em alguém assim! Eu tenho medo de fazer algo que vá fazer ela ir embora...

Então perdida nos meus devaneios... Toni soltou sua mão da minha e começou a arranhar minha barriga devagarzinho. E, devagar foi subindo pro meu seio.

A mão dela estava gelada. Ela deve estar nervosa, porque não tá tão frio assim! Isso só fez eu me arrepiar mais.

Eu não sei se ela tinha medo, ou vergonha, ou se nunca pensou em tocar no seio de outra mulher, mas ela chegou tão delicadamente que me torturava de prazer duplamente: uma porque seus dedos estavam gelados e outra porque agora ela estava começando a explorar meu corpo, e isso era novo!

De todas as vezes que estivemos juntas, em todas situações que tivemos ao longo da vida, Toni praticamente só tocava no meu pescoço.

Ela tocou com carinho e sentiu meu coração acelerar. Riu.