POV CHERYL
Ao longo do caminho de volta pra casa comecei a me sentir mal, comecei a correr. Eu só queria correr. Eu não queria pensar em nada e correndo o mais rápido possível eu esperava conseguir deixar meus pensamentos para trás. Cheguei em casa me atirei na minha cama com a cabeça rodando só queria me esconder e ficar num lugar seguro.
Por mais que eu pudesse correr na velocidade da luz, meus pensamentos estavam ali, me acompanhando cabeça a cabeça, me alcançando. Era uma corrida que eu não venceria nunca!
Que merda que foi aquilo? O que foi aquele beijo? O que foi tudo aquilo que eu senti? Eu Nunca senti nada parecido com isso antes. Será que já senti?
Retomei mentalmente todos meus beijos.
O primeiro foi com um menino, não foi nada de mais, também não foi ruim. Todos os outros mais com meninos? Nada especial que me lembre. O primeiro com menina? Foi legal também, nada de mais... Lembrei de uma ou outra que o beijo tinha sido mais quente. Na verdade várias tinham sido quentes, mas nada assim como com a Toni.
Lembrei da menina com quem transei a primeira vez, foi bom, muito bom na verdade... Mas nada perto de hoje... Lembrei outros e outros tantos beijos, revisei quase todos, até o pior beijo da minha vida, ou melhor, o mais esquisito: o beijo com a Babs. Nada, nada foi igual ao que aconteceu no vestiário!
Eu estava tão confusa. Eu queria poder conversar com alguém. Me lamentei....
Será que eu gosto da Toni? O pensamento que eu tanto fugia me atingiu em cheio!
Mas eu odeio aquele ET, eu odeio aquela grossa arrogante!
Comecei a chorar. Eu não podia falar isso com a Babs, nem com a Lucy, eu não queria elas pegando no meu pé com isso. Nós tínhamos esse lance de não nos levar muito a sério, de tudo ser motivo de piada.
Eu queria tanto ter uma mãe. Meu choro aumentou com a lembrança de que minha mãe morreu quando eu tinha cinco anos. Eu queria poder chorar agora no colo dela e conseguir entender essa dor que eu tô sentindo agora. Nunca achei que um beijo pudesse doer e eu tô com tanta dor agora. Passei a soluçar tão alto que tive que colocar o rosto contra o travesseiro para abafar.
Agora já nem sei mais porque eu chorava se era pela Toni ou pela minha mãe só sei que chorava compulsivamente.
Queria poder ter crescido com a minha mãe comigo, queria poder conversar com ela, dividir as coisa que me aconteciam, queria ouvir os conselhos dela, queria receber carinho dela, queria que ela me proibisse de chegar tarde em casa, que reclamasse quando tivesse nota baixa, queria que ela se orgulhasse de mim, que me visse jogar, que visse o quanto de amigos eu tenho, queria ser igual a todo mundo...
Será que a minha mãe ia ter orgulho de mim?
Não sou tão burra assim de não saber que eu idealizo uma mãe perfeita e que conheço algumas mães das minhas amigas que não são tudo isso. Mas eu não sei o que é ter uma mãe.Tentei me acalmar respirar fundo e me controlar. Eu devo estar na TPM, nem lembro a última vez que chorei.
Liguei o rádio para tentar me distrair.
Fui relaxando, prestando atenção nas músicas, tentando não pensar em nada.
Uma música começar a tocar...era " I hate everyting about you" do three days Grace.
Everytime we lie awake
After every hit we take
Every feeling that I get
But I haven't missed you yet(toda vez que ficamos acordados
Após cada briga que tivemos
tudo que eu sinto com isso
mas eu não senti sua falta ainda)
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Rivais
Fiksi PenggemarCheryl é uma badgirl popular, Toni é uma latina de sangue quente. Em uma pequena cidade o destino insiste em colocar as duas frente a frente ao longo dos anos, mas elas se detestam! Seria todo esse ódio amor? Depois de um longo histórico de desavenç...