Capítulo 17

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P.O.V Sadie

- Meninos, já está tudo certo! - fala minha mãe nos deixando perto da escola - conversei com seus pais e os responsáveis pelo colégio, Noah, só frequentar as aulas normalmente agora.

- Tudo bem - fala Noah - valeu por tudo, tia Vânia.

- Não tem que me agradecer, sabe que pode sempre me procurar quando precisar de qualquer coisa, qualquer coisa mesmo!

Como minha mãe disse, as pendências do Noah foram todas resolvidas, ela entrou em contato com o Sr. Schnapp, que a propósito não tinha notícias do filho a algumas semanas, e depois de muita conversa eles chegaram no consenso de que seria melhor Noah ficar com a gente e frequentar a escola comigo. Seu pai ainda tem esperança do filho passar em alguma universidade e se tornar médico um dia, quando soube que eu larguei a academia e que estava estudando, chegou a dizer para minha mãe que agora sim eu posso me tornar uma influência positiva na vida do filho, na cabeça dele se eu larguei as artes (mesmo vindo de uma família de artistas) então todo mundo pode fazer o mesmo.

Eu tenho é pena desse senhor, uma hora ele vai ter que aceitar que o filho é artista, nasceu para dançar, e não para manusear bisturis e viver de jaleco branco.

- Conseguiu deixar os nossos horários iguais? - pergunto.

Noah e eu sempre estudamos juntos, mesmas aulas, mesmos professores, tudo no mesmo horário, agora que ele estava aqui comigo eu não quero que seja diferente.

- Isso não foi possível - me responde - mas não encarem isso como o fim do mundo, a escola continua sendo um lugar mágico que vão deixar vocês cheios de traumas!

- Mais? - pergunta Noah em tom sarcástico - impossível, tia, impossível!

- Tudo é possível nessa vida, Noah - o rebato lembrando que desde que comecei a frequentar esse lugar minha vida deu um jeito de descer mais a ladeira.

- Não seja pessimista, Sink - me repreende Noah - de azarado nesse grupos já basta eu!

- O que uma coisa tem relações com a outra?

- Não precisa ter relação, você só tem que me escutar!

- Noah...

Antes que eu comece um discurso do porque escutar ele era a pior coisa do mundo, minha mãe nos interrompe.

- Crianças vamos lá - diz abraçando o Noah e depois a mim - tenham um ótimo dia, e qualquer coisa me liguem!

Minha mãe estava com a mania de me levar e buscar na escola, geralmente isso não me incomoda, mas com Noah entrando na equação a atenção aumenta um pouco, na verdade aumenta muito, não tenho certeza sobre o que vem acontecendo com ele, mas acho que a sua carteira está começando a decolar e ele nem percebeu.

Toda essa atenção me faz pensar o que ele anda fazendo e não me disse, não pode ser só por regravar algumas músicas do Caleb que nem era tão famoso assim. Todo mundo nessa escola olhava para nós dois juntos como se tivéssemos duas cabeças, eles já me encaravam antes, mas agora aumentou muito, achei meio estranho.

Talvez esses olhares aumentam venham deixando a chata da Brown com aquela cara mais azeda, quero só ver hoje se ela vai falar direto comigo, que é bom ela falar, porque caso ao contrário eu serei obrigada a desmarcar aquilo lá que marcamos e que vou chamar de encontro.

Noah e eu conversamos muito, sobre a vida dele e a minha, o Schnapp me disse muita coisas sobre o Caleb também, e da forma torta do meu amigo ele meio que me convenceu a dar uma chance para a Millie, pelo menos uma chance de experimentar uma coisa nova.

The Awakeming Of a Passion - SillieOnde histórias criam vida. Descubra agora