Capítulo 34

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P.O.V Millie 

Aquela noite foi uma confusão sem fim, mas nada se compara com o o sonho que eu tive quando tudo acabou e eu deitei no travesseiro.

"Eu estava em um lugar bonito, parecia uma espécie de jardim ou sei lá, tinha plantas, pássaros, borboletas e abelhas, tinha arvores grandes com frutos e flores, e um logo com uma cachoeira de água tão transparente e cintilante que dava para ver perfeitamente o fundo e tudo que tinha lá.

Não me lembro de já ter visto um lugar assim antes, nem mesmo nos meus sonhos, geralmente, os cenários são bem aleatórios, ás vezes os meus sonhos são cheios de fantasmas, principalmente a minha mãe, por algum motivo alguém que eu nunca convivi gosta de marcar presença enquanto eu durmo, e hoje não é diferente, ela está bem na minha frente, colhendo flores, a minha mãe.

A mulher, que eu só conheço por fotos, ergue a cabeça, sorrindo ao me encontrar e acenando para mim. Eu aceno de volta, algo que eu sempre faço, mesmo não compreendendo bem o porque dela sempre estar aqui.

- Minha filha - Diz se aproximando de mim, sempre sorrindo - Faz tempo que não nos falamos, senti saudades, devia aparecer mais vezes!

Ela fala passando a mão em meu pulso, onde eu estou usando uma pulseira de prata pura e diamantes, a joia mais cara que eu tenho, algo herdado pela família, era da minha bisavó, que passou para minha vó, que passou para minha mãe e agora pertence a minha pessoa. Eu não costumo usar muito essa pulseira, mas sempre que a uso minha mãe, junto com mais um monte de gente estranha, aparecem nos meus sonhos nos mais diversos cenários.        

- Eu prefiro não - Digo me desvinculando um pouco - As vezes esses sonhos que assustam.

- Eu sei disso, tudo que não compreendemos tende a nos assustar, e tudo que está no além dos vivos é um mistério assustador.

- Esse é o paraíso, então?

- Uma variação dele, muitos humanos o imagina assim.

- E ele é? - Pergunto curiosa - Quero dizer, você está lá?

A mulher não me responde de imediato, desviando o olhar para a paisagem antes de voltar a me encarar e me responder.

- Eu estou em vários lugares. Você sabe, a minha jornada na Terra pode ter chegado ao fim, mas eu ainda tenho coisas para fazer, pessoas para proteger.

- Eu? - Arrisco a perguntar, o que faz ela sorrir grande.

- Quem mais seria? Eu estou sempre onde você está, e só vou poder descansar em paz quando você estiver encontrado o seu caminho.

- E qual é o meu caminho?    

- Isso só você pode dizer - Ela passa o braço envolta dos meus ombros, me puxando junto com ela - Agora, tem alguém desesperado querendo conversar com você.

Deixo ela me guiar, andando pelo jardim até nos afastarmos bem, encontrando uma porta branca perdida no meio do nada, não tinha paredes a apoiando, apenas uma devassidão de grama verde e céu azul.

Ao abrir a porta, me deparo com uma sala toda branca, sem movíeis, apenas tudo branco e um som, o som de uma risada, uma risada que eu poderia reconhecer em qualquer lugar, em qualquer multidão, a risada da Sadie.

Minha mãe não me acompanha dentro da sala, me deixa entrar sozinha, e ao primeiro momento parece mesmo que eu estou sozinha nessa sala, até que eu vejo alguém no canto, uma garoto negro vestindo roupas todas brancas, calças, camiseta, jaqueta e sapatos. Ele tem as mãos nos bolsos e o olhar para frente, como se tivesse vendo algo que eu não posso ver, eu o reconheço, já o vi antes, é aquele garoto, o que a Sadie não deixa partir, o ex.

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⏰ Última atualização: Mar 18 ⏰

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The Awakeming Of a Passion - SillieOnde histórias criam vida. Descubra agora