The Awakeming Of a Passion - Sillie

Capítulo 26

P.O.V Millie

Eu posso dizer com todas as letras que estou me sentindo realizada.

Eu sabia que eu queria dormir com a Sadie, só não me dei conta do quanto eu queria até isso realmente acontecer. Agora que aconteceu, eu não sei o que esperar.

A Sardentinha não é nada como eu imaginei que seria, ela consegue ser calma e agitada ao mesmo tempo, doce e amarga, quente e fria, e isso simplesmente me deixou maluca. A forma como o protagonismo tem que ser sempre dela, e a maneira que preferia se sentir livre.

A longo prazo tudo isso pode ser bem útil em um compilado de fantasias, eu posso as imaginar muito bem, porém, é preciso tomar cuidado aqui, garotas como a Sink podem ser bem... maldosas. Digo isso porque não somos tão diferentes, ela sabe exatamente o que está fazendo, por isso era preciso ficar esperta.

Não quero ter que lidar com outro coração partido.

- Eu preciso ir para casa - Fala ainda deitada na minha cama - Na verdade, eu precisava do meu caderno.

- Você está pensando em estudar em uma hora dessas? - Pergunto escutando a sua gargalhada como resposta.

- É um hábito maior que eu, desculpe - Ela se ajeita na cama, virando para me encarar, passando a mão de forma delicada pelo meu rosto - A minha cabeça está a mil, cheia de ideias que eu preciso por no papel para não perder.

- Musicas?

- Talvez.

Assim como a resposta dela, eu talvez saiba o que isso significava.

Os Sink são artistas, e como todos os artistas, eles se expressam através de sua arte, e como alguém que passou a ultima semana procurando pelos trabalhos secretos da ruiva ao meu lado, posso dizer que todas as suas musicas são expressões de tudo que ela sente.

Isso deixou meu peito ansioso, que tipo de musica ela queria escrever sobre mim? É bom ser coisa boa, iguais as dos cadernos antigos que ainda estão comigo, algo grande, e por favor, nada de musica depressiva.

- Por que invés de escrever, você não me fala? - Arrisco a pergunta, o que faz ela sorrir mais.

- Assim perderia a graça.

- E qual é a graça?

- A graça - Fala se aproximando lentamente, subindo em cima de mim com uma perna de cada lado e seus lábios próximos dos meus enquanto fala - É deixar todo o meu publico morrendo de curiosidades, e vontade de mais da minha pessoa.

Sua boca se aproxima mais, mordiscando meu lábio inferior, antes de se afastar brutalmente e se levantar da cama.

Eu disse, quente e fria ao mesmo tempo.

- Onde está seu namorado? - Pergunta enquanto se vestia, com minhas roupas, aproposito.

- Quem?

- O Wolfhard. Onde ele está?

- Provavelmente com um do seus amigos - Respondo sem dar muita importância para isso - Noah ou o Jack, você pode escolher.

- Esse relacionamento de vocês é muito estranho, Shakespeare me livre de mais uma obra dramática dessas - Devidamente vestida, ela volta a se sentar do meu lado na cama - Eu nunca fiquei com o papel da amente, corre o risco de alguém querer raspar o meu cabelo?

- Ninguém seria doido a esse ponto.

De uma forma muito estranha, Sadie estava reagindo a isso de uma forma muito melhor do que imaginei. Quero dizer, olhe para ela, depressiva pelo namorado morto; não consegue andar de carro como uma pessoa normal; e com certeza ainda está a espera de um príncipe encantado em um mundo onde existem o "felizes para sempre".