Stripper | Alren Version

1- O prazer é todo meu

Point Of View: Allyson Brooke

Quando eu coloquei os meus pés na passarela, as luzes se apagaram, deixando uma tremenda escuridão.

Escutei alguns murmúrios dos clientes, mas se calaram quando as luzes vieram diretamente para mim, apenas me iluminando. Uma fumaça saiu pelas laterais da passarela e o lugar se preencheu por luzes coloridas.

Andei sob os meus saltos altos pela passarela, vendo os clientes todos me olhando e alguns já começavam a assobiar. Coloquei minhas mãos no nó do meu roupão de cetim preto, e o desfiz. Uma chuva de palmas se fez presente naquela boate.

Removi o roupão do meu corpo, ouvindo um homem safado me chamando de gostosa, e fiquei apenas de lingerie preta rendada. Desfilei lentamente até o ferro que tem no meio da passarela e rebolei lentamente no ritmo na musica.

Your man on the road, he doin' promo

You said: Keep our business on the low-low

I'm just tryna get you out the friend zone

'Cause you look even better than the photos

I can't find your house, send me the info

Drivin' through the gated residential

Found out I was comin', sent your friends home

Com um jeito sensual, mordi o meu lábio e agachei, deixando a minha bunda empinada. Apoiei minhas mãos na barra de ferro e balancei o meu quadril.

Keep on tryna hide it but your friends know

Suspendi as minhas pernas para o alto com o apoio do ferro, acabei ficando de cabeça para baixo e fui deslizando aos poucos até voltar na posição normal. Me esfrego naquele ferro e cruzo as minhas pernas nele.

I only call you when it's half past five

The only time that I'll be by your side

I only love it when you touch me, not feel me

When I'm fucked up, that's the real me

When I'm fucked up, that's the real me, yeah

Rodo naquele ferro conforme as minhas pernas estão cruzadas naquela barra, os clientes gritavam enquanto me assistiam. Eu me sentia uma prostituta naquele momento, mas eu precisava desse emprego.

I only fuck you when it's half past five

The only time I'd ever call you mine

I only love it when you touch me, not feel me

Eu sou Allyson Brooke e tenho 21 anos, venho de uma família muito pobre e por isso que tenho esse emprego. Sou uma professora de dia, mas o dinheiro que eu ganho é muito pouco, por isso que a noite tenho que ser a senhorita Brooke. Eu tenho uma mãe chamada Patrícia e um pai chamado Jerry, tenho apenas uma irmã de 16 anos que se chama Demi.

When I'm fucked up, that's the real me

When I'm fucked up, that's the real me, babe

[...]

BEM VINDOS AO MEU MUNDO.

- Ally, acorda. - Escuto uma voz distante. - Hija, acorde.

- Huum... - Vou despertando aos poucos e encaro minha mãe parada em minha frente, somos texanas e é por isso que ela me chama de hija. - Que horas são?

- São exatamente seis e meia, vá tomar um banho antes que se atrase. - Minha mãe sorriu carinhosamente. - Esqueceu que você é professora? Você trabalha as sete.

- Huh, estou indo. - Me sento na cama. - Bom dia, mama.

- Bom dia, mi hija.

Vou para o banheiro e faço a higiene pessoal, essa noite passei a maior parte naquela boate dançando para os meus clientes, fiquei até de madrugada, por isso estou tão cansada. Vida de stripper não é fácil.

Começo a tomar um banho pensativo, mas as vezes eu não gosto nem de pensar, porque eu sei que vou ficar triste com a vida que eu levo, eu só queria ajudar os meus pais a ter uma vida melhor e dar coisas boas para a minha irmã.

Com esses pensamentos tristes, vou para o meu guarda roupa e pego umas roupas sociais, visto uma saia xadrez que vai até o joelho e uma blusa branca enfiada dentro da saia. Vou para a cozinha quando termino de me vestir e encontro os meus pais junto com a minha irmã tomando o café da manhã.

- Bom dia, família.

- Bom dia! - Eles desejam.

- Vou comer apenas uma banana, não quero me atrasar. - Eu falo pegando a fruta e começando a comer. - Dee, você vai de ônibus?

- Vou Allz. - Demi sorriu. - Papai, me dá dinheiro para ir na sorveteria depois da escola?

- Filha, você sabe que é complicado...

- Papai, eu fiz uma nova amiga e ela me chamou para sair. - Demi fez um bico.

- Ei, meu amor, pega esse dinheiro. - Estendo alguns dólares e a mesma pega com um enorme sorriso no rosto. Minha irmã se joga no meu colo, lotando o meu rosto de beijos.

- Obrigada, Ally! - Demi saiu do meu colo e voltou a se sentar em sua cadeira. - A minha nova amiga é muito rica, ela se chama Taylor.

- Que bom que você fez amizades novas. - Minha mãe acariciou os cabelos da minha irmã.

- Eu tenho que ir. - Me levanto e pego cem dólares da minha bolsa. - Papai, é para você, pague a conta.

- Filha, não precisa. - Meu pai tentou protestar.

- Não pai, por favor fique com isso. - Fiz um bico e recebi um abraço apertado em troca.

- Eu te amo, hija.

- Eu amo vocês.

[...]

As aulas estavam sendo cansativas, os meus alunos fizeram muita bagunça hoje. Eu só dou aula para os pequenos, não quero me envolver com gente grande porque dá mais trabalho.

Mandei eles fazerem desenhos com tintas e isso deixou aqueles pequenos animados, caminhei pela sala toda olhando cada desenho dos meus aluninhos, parei ao lado de uma menininha que se chama Jade.

- Quem é essa? - Perguntei apontando para o desenho.

- É a minha mamãe. - Jade sorriu. - Ela tem olhos verdes.

- Que lindo, querida. - Acaricio sua cabeça - E essa moça do lado de sua mãe?

- Eu inventei alguém, queria que fosse uma outra mamãe minha. - Jade fez uma cara triste. - Minha mãe gosta de mulheres, é por isso que desenhei uma.

- Oh... - Fico boquiaberta. - Não fica triste querida, um dia sua mãe vai achar a pessoa certa.

- Eu espero, professora Ally.

[...]

Depois de dar uma longa aula para os pequenos, era hora de ir embora. A pequena Jade acabou deixando o seu caderno na mesa e então o peguei, e comecei a caminhar para fora da escola a procura dela. Avistei a pequena sendo pega no colo por uma mulher, ela era branca como leite, seus cabelos negros e ondulados, seu corpo era de dar inveja, parecia malhada. Mas os seus olhos verdes, me lembrei do desenho da pequena dizendo que sua mãe tinha olhos assim. Chamei pela pequena, que veio pegar o caderno e ela me apresentou a sua mãe muito bem vestida, ela parecia podre de rica.

- Prazer, sou Lauren Jauregui. - A moça estendeu a mão para mim.

- Sou Ally Brooke, a professora dessa coisa linda aqui. - Aponto para Jade, que sorriu largamente e me abraçou apertado. Vi que a tal Lauren sorriu com o ato de sua filha. - O prazer é todo meu.