Stripper | Alren Version

2 - Eu quero uma dança particular

Point Of View: Lauren Jauregui

Analisei o jeito que a minha filha interagia com a professora, o meu coração se aqueceu com aquilo, porque o jeito que a tal Ally abraçava a minha pequena, era como se fosse uma mãe e eu enxergava o carinho que se passava entre elas.

Poderia ser a Alexa no lugar da professora, se ela não tivesse me traído. Todos os dias eu tento superar isso, e posso dizer que eu já estive pior, o que eu tenho medo é de não conseguir educar a minha filha bem, e de não dar a devida atenção a ela. Eu sei que tudo isso que está acontecendo em minha vida, tem uma razão que, com o tempo, eu vou descobrir.

Admirei a professora, eu vi seus traços e soube na hora que ela é latina. Sua vestimenta é simples, não é algo luxuoso igual a minha. Ela está usando uma saia xadrez e uma blusa social branca, estava linda daquele jeito, não precisava de algo chamativo. Seus olhos castanho estão brilhantes e o seu cabelo jogado ao vento deu um toque, deixando-a mais linda ainda.

- Então, senhorita Brooke. - Chamei sua atenção. - Minha filha dá trabalho?

- Oh, não! Ela é um amor de pessoa. - Ela olhou para a pequena e depois para mim. - Ela adora conversar e fazer novas amizades, mas não dá trabalho algum.

- Fico feliz em saber disso. - Pego a minha filha no colo. - Estou orgulhosa de você, meu amor.

- Obrigada, mamãe. - Jade segura o meu rosto com suas mãozinhas e aplica um beijo em minha testa.

- É linda a interação de vocês. - Ela sorriu enquanto nos observava.

- Posso dizer o mesmo de vocês duas. - Apontei para elas, - Finalmente encontrei uma professora que a Jade ama.

- Eu amo muito a professora Ally. - Jade mandou um beijo para a professora.

- Eu também te amo, pequena. - Ally aplicou um beijo estalado na bochecha dela.

- Eu tenho que ir. - Aceno para a latina. - Nos vemos outro dia, senhorita Brooke.

- Até mais.

[...]

Eu tinha acabado de jantar com a minha filha, agora era hora de dormir, porque são exatamente nove da noite, Jade tem que acordar cedo amanhã e eu também.

Esperei pacientemente a minha baixinha terminar de escovar os dentes com o meu auxílio, ela está aprendendo a se virar sozinha com bastante coisas até. Eu continuo dando banho nela, mas tem dia que ela quer fazer isso sozinha. Voltamos para o seu quarto quando ela acabou de fazer a higiene. Peguei-a no colo e a deitei na caminha.

- Durma bem, meu amor. - Beijo os seus cabelos. - Huum... Que cheirosa.

- Mamãe! - Jade gargalhou gostosamente. - Dorme comigo?

- De novo? - Faço um bico. - Você sabe que a mamãe tem um quarto e ela tem que dormir lá.

- Ah, mamãe. - Jade protestou. - Eu só queria você perto de mim.

- Está bem. - Me deito ao seu lado. - Boa noite, minha princesinha.

- Boa noite. mamãe. Eu te amo. - Jade me abraça. - Você é a melhor mãe do mundo.

- E você é a melhor filha do mundo.

[...]

Eu estava analisando uns papéis que a Anne tinha deixado em meu escritório do Cassino, tive que assinar vários e ainda fazer pedidos de produtos para a exportadora, estava faltando algumas coisinhas em meu cassino.

Eu sabia que iria chegar tarde em casa, então eu precisava que alguém ficasse com a minha filha e eu soube na hora quem poderia ficar quando a porta se abriu, revelando a Veronica, minha melhor amiga.

- Vero, você apareceu numa hora boa! - Largo a caneta da minha mão.

- Hey, Laur. - Vero, como sempre, me cumprimenta com apelidos. - O que deseja?

- Pode ficar com a minha filha até a noite? - Pergunto, ansiosa pela resposta. - Estou lotada de trabalho hoje.

- Claro. - Vero sorriu. - Eu já terminei de contar os lucros do cassino mesmo.

- Ótimo. - Sorrio. - Obrigada.

- Por nada. - Vero piscou um olho. - Você está sabendo que a Anne está namorando?

- Sério? Com quem?

- Uma tal de Normani kordei.

- Ela nem me contou. - Me emburro. - Ela vai ver o dela.

Vero gargalhou e ficamos alguns minutos conversando, até ela dizer que iria buscar a minha filha. Volto ao meu trabalho tentando encerrar aqueles papéis.

Não sei por quanto tempo fiquei ali, mas já estava escuro quando saí do meu cassino, entrei em meu carro e comecei a dirigir devagar, aproveitando a calmaria daquela noite.

Avistei um letreiro enorme escrito "The Queen", está escrito em neon roxo, ao lado tem um desenho de uma mulher de vestido e com as pernas cruzadas, também em neon. Eu sabia claramente que é uma boate de stripper, resolvi dar uma parada para tomar alguma bebida.

Entro no local, vendo poucas luzes ligadas e a passarela está bem iluminada por fumaças ou luzes coloridas, uma linda mulher de lingerie vermelha, usando mascara e com uma tiara de orelhas de gatinho, fazia um espetáculo na passarela.

- Por favor, quero um whisky com gelo. - Peço ao garçom assim que me sento em um dos sofás que tem por ali.

- Já volto, senhorita.

Aceno sem tirar os meus olhos daquele palco, naquele momento estava as luzes piscando, iluminando cada parte do corpo da stripper.

Eu não conseguia ver o seu rosto pela maldita máscara, mas só de analisar o seu corpo, me veio a sensação de que ela era uma latina. Vi que na sua barriga tinha algumas pintinhas charmosas, o jeito que ela rebolava com sua enorme bunda estava me excitando. Ouvi um homem gritando "gostosa", isso só confirmou os meus pensamentos.

As mulheres batiam palmas em apreciar a stripper e os caras assoviam que nem loucos, querendo comer a stripper, como se fosse um pedaço de carne.

- Aqui está, senhorita. - O garçom estendeu o copo para mim.

- Obrigada.

Aquele show estava muito bom, eu nunca curti esses negócios de stripper, mas confesso que essa experiência está sendo boa. Seria a moça sendo maravilhosa, ou eu realmente estou gostando dessa boate?

Algumas pessoas jogavam dinheiro naquela passarela, tomei um gole do meu whisky e me levantei, tirando a carteira do meu bolso. Joguei cinco notas de 50 dólares na passarela, ela me encarou sensualmente enquanto se agacha para pegar o meu dinheiro, e então ela mordeu o lábio, sem tirar os olhos de mim, me arrepiei nesse momento.

Sua boca estava entreaberta pelo tanto de dinheiro que joguei, e quando o seu show acabou, fui para perto da passarela antes que ela saísse.

- Eu quero uma dança particular.