PARTE 2: Eu tive tanta fé em você.

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P.O.V LENA LUTHOR


Talvez se eu não mexer nao vai tudo girar.

Senti uma respiração ao meu lado e eu sabia que não era Helena, que por mais que ela discordasse ela roncava. Abri os olhos e vi Kara, totalmente adormecida do meu lado por cima dos lençóis, toda encolhida.

Estendi a mão e passei por sua mandíbula mas puxei a no momento em que ela se moveu. Meu olhso estavam arregalados quando ela abriu os dela para olhar para mim.

― Bom dia, Lee. ― Eu sorri e ela ficou confusa.

― Faz muito tempo que ninguém me chama assim.

Ela assentiu e cruzou as mãos em baixo da cabeça.

― Lee, você está mesmo apaixonada pela Helena? ― Era uma pergunta egoísta e ela sabia disso. Então eu decidi não responder e ela aceitou bem. ― Eu sinto sua falta. ― Apenas a encarei tentando entender aonde ela queria chegar. ― Eu senti sua falta esse tempo todo.

Fechei os olhos tentando controlar toda a confusão de sentimentos dentro de mim naquele momento.

Não era um direito dela. Ela não podia voltar e agir dessa forma. E eu me odiava para não ser forte o suficiente e lutar contra esse turbilhão.

― Nós vamos realmente ser amigas? ― Eu assenti e ela se aproximou o suficiente para que eu sentisse seu calor. ― Eu vou precisar que me perdoe mas antes que eu tenha que desistir de você, vou precisar ser egoísta.

Nossos olhares estava conectados enquanto ela ia se aproximando lentamente, eu tive a oportunidade de para-la se eu quisesse, mas eu não queria. Comecei a fechar os olhos e quando seus lábios tocaram os meus eu me entreguei para o beijo.

Seu braço se moveu para segurar em volta da minha cintura, me puxando para mais perto de seu corpo enquanto sua outra mão arranhavam minha nuca. Nossos lábios se moviam em um ritmo maravilhoso, como se estivessem dançando a sua própria música, escrita apenas para nós duas. Quando o beijo se intensificou eu a puxei pela nunca, e naquele momento o beijo acabou. Seus lábios estavam longe dos meus enquanto ela descansava a testa na minha.

Eu me afastei em silêncio tentando controlar os meus pensamentos avassaladores. Havia algumas perguntas começando a sair de mim. Mas antes que pudesse dizê-las Kara começou.

― Eu sinto muito. ― Minhas sobrancelhas franziram. ― Por como eu terminei as coisas.

Eu inalei profundamente, aquelas era as palavras pelas quais eu esperei ouvir por muito tempo.

― Eu nunca quis te machucar. Sinceramente, pensei estar fazendo oque era certo. Estaríamos do outro lado do mundo.

Eu andei até ela apontando o dedo em seu peito.

― Você nem tentou... ― As palavras saíram amargas da minha boca.

― Eu queria, mas eu estava analisando os fatos. ― Kara explicou.

― Você nem disse tchau, você simplesmente... ― Me afastei dela tentando conter as lágrimas.

― Eu me arrependo profundamente, Lena. Eu não queria que você se machucasse ainda mais. ―  Enfurecida eu me virei para ela.

― Mas você me machucou. E você sabia e não fez nada para aliviar a dor que você me fez passar. ― Kara só ficou lá parada com o cenho franzido. ― Eu esperei tanto, Kara. Eu chorei tanto, eu pedi tanto a Deus para que fosse um engano, que alguém trocou as cartas mesmo tendo meu nome nela. Eu escrevi tantas vezes sem respostas. Eu tive tanta fé em você. Você disse não para a gente mas arrumou alguém lá. Você tem noção do quanto eu me senti insuficiente? ― Naquele momento eu permiti que as lágrimas rolassem livremente. ― Tudo bem seguir em frente, Kara. Mas você me abandonou, você não me deixou decidir se eu queria ou não passar isso ao seu lado, mesmo depois de dizer que me amava. Você... ― engasguei em minhas próprias palavras.

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