PARTE 2: Amiga da faculdade.

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P.O.V LENA LUTHOR

O ar da sala de espera do hospital enviou calafrios para minha espinha. Helena estava com o braço preso ao meu e pude senti-la tremendo.

― Você está bem? ― Eu sussurrei no ouvido dela. Ela me olhou acenando e sorrindo.

― Helena?

― McKenna? ― O corpo inteiro de Helena ficou tenso quando ela a reconheceu e deu a ela um olhar completo de cima a baixo.

Um olhar que eu não soube definir ser de surpresa, tesão ou amor.

Ela tinha a pele negra, cabelo castanho que caia sobre os ombros e os olhos pretos. Ela parecia cansada.

― Como ele está? ― Helena perguntou depois de um minuto inteiro olhando boquiaberta para ela.

― Ele parece melhor, felizmente, e ela é? ― a mulher se virou para mim com um sorriso fraco. Ela estava claramente cansada.

― Oh, McKenna, Lena é minha... ― Ela fez uma pausa enquanto proferia as palavras que me fizeram congelar. ― amiga da faculdade.

Como?

E quando uma grande parte de mim sentia uma raiva justificada a outra parte estava... aliviada.

Eu assumi que elas tinham sido namoradas, com todos esses olhares. Eu me senti as interrompendo.

― Prazer em te conhecer McKenna. ― Eu sorri estendendo a mão e ela pegou gentilmente.

Ela parecia surpresa vendo Helena, ela realmente nunca via a família.

― A McKenna é namorada do meu irmão. ― Helena falou enquanto olhava o nosso aperto de mão, nervosamente.

Será que ela já percebeu do que me chamou? Agora estou feliz que ela tenha me chamado de amiga da faculdade, eu me recuso a namorar alguém tão estúpido.

― Ele está melhor agora. ― Ela disse enquanto caminhava na nossa frente nós guiando para o quarto. Ela se virou para Helena. ― Ele está acordado agora, se quiser falar com ele.

― Claro.

Senti que ela precisava de um consolo, estava prestes a pegar a mão dele com a minha quando pensei que seria estranho uma "amiga da faculdade" fazer isso, então recuei.

Eu queria segurar sua mão para aliviar suas preocupações mas esse obviamente não era meu lugar.

E se eu pegar a mão dela e ela soltar?

Então eu deixei ela decidir. Enquanto caminhavamos por esse corredor, cheguei mais um pouco perto dela. Senti as costas da minha mão roçando na dela.

Depois de alguns segundos eu senti ela apertar minha mão acariciando com o polegar, foi aliviador mas até ela largar de uma vez quando McKenna olhou para trás.

Ok. Respira e não pira.

As enfermeiras daqui já estão trabalhando muito, então eu não deveria dar mais uma paciente a elas. Não importa o quão irritada eu estou.

Finalmente chegamos a um quarto espaçoso com uma cama grande. O homem na cama parecia um pouco com Helena, tinha um sorriso no rosto assim que a viu entrando.

― Ei... ― Ele arrastou com a voz rouca e cansada.

De pé na janela estava um casal mais velho e não reagiu tão positivamente a chegada de Helena.

― Oi filha. ― o homem disse e eu presumi que fosse o pai dela.

― Olá pai, olá mãe.

― Nós vamos esperar lá fora. ― Eles disseram enquanto caminhavam em direção a porta.

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