P.O.V LENA LUTHOR
Parei o carro em frente a casa dos meus pais, ou melhor que agora era só do meu pai, eu dirigi a noite toda e quando cheguei o sol ainda não havia nascido, não houve um minuto sem que as lágrimas parassem de descer, descansei minha cabeça no volante por alguns segundos antes de abrir a porta. Trilhei o caminho tão conhecido por meus pés e parei em frente a entrada, usei minha camisa para limpar as manchas que ainda estavam presentes.
Estava frio oque era bom, pois estava amenizando a minha dor emocional.
Bati algumas vezes mas ninguém saiu, acertei a porta descontando toda a minha raiva. Ouvi o trinco e em seguida a vi se abrindo revelando um Lex sonolento e com o cenho franzido.
― Oque diabos aconteceu? ― Lex perguntou enquanto me puxava para dentro.
Eu abri minha boca para responder mas ao invés disso, quando achei que não havia mais lágrimas, comecei a chorar novamente, meu corpo soltou os soluços, junto com toda a dor que eu sentia.
Eu nunca havia me sentido assim em toda a minha vida. Meu coração parece estar completamente vazio, exceto pela agonia.
Lex tentou me acalmar, me abraçando enquanto eu chorava e encharcava seu pijama. Sua mão subia e descia por minhas costas. E quando minhas lágrimas estavam sob controle, com uma das mãos ele limpou o meu rosto e puxou meu queixo para encara-lo.
― A mamãe tá aqui, você quer ir lá?
Eu pensei por alguns segundos que pareceram horas.
A mamãe. A pessoa por quem eu dirigi por horas até aqui.
Assenti positivamente ele segurou em minha mão me guiando pelo caminho, estranhei o fato de que não estávamos indo para o quarto dos meus pais mas sim para o de hóspedes. Lex pareceu notar minha confusão.
― Eles estão se separando, Tessa... ― Chegamos ao quarto, Lex enfiou a cabeça para dentro do quarto e conferiu, ele me arrastou para dentro. Se aproximou da cama e eu fiquei parada perto da porta. ― Mamãe... ― Ele a cutucou e ela resmungou. ― A Tessa tá aqui mas não se assuste, ela está bem...
Ele disse antes que ela se desesperasse mas não adiantou porque assim que escutou meu nome ela deu um pulo se sentando na cama.
― A Lena? ― quando seus olhos encontraram a minha presença sob a penumbra da noite ela tateou a mesinha que estava ao lado e acendeu o abajur.
Meu rosto vermelho juntamente com meus olhos inchados a assustaram e ela arregalou os olhos, se sentou na cama e em seguida calçou suas pantufas se levantando.
Eu corri como um filhote assustado corre para a sua mãe, eu corri como uma criança que acabou de se machucar corre para sua mãe. Eu corri para a minha mãe.
E ela me abraçou, aquele abraço. Que cura tudo, que sara todas as feridas mesmo que elas estejam longe de cicatrizar. Eu estava segura.
Ela me puxou até que nos sentassemos na cama, ela não perguntou oque aconteceu, o porquê de eu ter dirigido por horas e ter aparecido em casa no meio da noite. Ela apenas permitiu que eu chorasse.
Não vi o momento em que o Lex saiu do quarto deixando apenas nós duas. Eu deixei que ela me deitasse, que jogasse as cobertas por cima de mim. Deixei ela me puxar para deitar em seu peito e ela me consolou.
Ela beijou a minha testa.
Acariciou meus cabelos.
E no fim sussurrou me prometendo que tudo ia dar certo no fim.
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A Amiga Da Minha Irmã
Fiksi PenggemarAlex Danvers, uma jovem de 17 anos estudante do último ano do ensino médio, tendo como colega de classe Lena Luthor, a jovem de 18 anos que passou por uma fase rebelde e depressiva durante um ano após descobrir ser adotada, até que sua mãe Lilian Lu...