CAPITULO 2

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  Enfim chegamos a casa do meu pai,já era noite,ele me esperava na porta todo sorridente.Desço do carro,abro a porta de trás e começo a descarregar as malas,ao tirar a última mala minha mãe sussurra.
- Tenta ser legal com ele,por favor.
- Tá,tá bom mãe. - puxo a mala pra fora e fecho a porta,meu pai estava atrás de mim pra poder me ajudar a levar as malas pra dentro.
-Te amo filha.Tchau. - ela acena da janela e vai embora.
- Deixa eu te ajudar. - ele pega três das malas,com um pouco de dificuldade,me deixando duas pra carregar.
- Obrigada. - sorrio de canto e caminhamos pra dentro da casa.Subimos pro meu quarto,ele abre a porta com o ombro me dando passagem.
- Bem,ele está do jeito que você deixo. - entra e deixa as malas que carregava em cima da cama.
- Obrigada pela ajuda,pai. - faço o mesmo.
- Não a de que.A janta estará pronta daqui alguma horas. - diz andando pra fora do quarto e vou logo atrás.
- Tá bom. - fecho a porta quando ele já estava no começo da escada.

  Me jogo de braços aberto em cima da cama,fazendo as malas todas caíram no chão,estava exausta,decidi estão tomar um banho antes de descer pra jantar.Procuro por algumas trocas de roupa nas malas,separo o shampoo e condicionador e vou pro banheiro.Assim que saio do banho,volto pro quarto secar o cabelo.Longos minutos depois,desço até a cozinha e vejo meu pai picando alguns legumes.
- Quer ajuda? - pergunto da abertura da cozinha.
- Não precisa filha. - diz levando os legumes na tábua até a pia.Me sento em um dos banquinho perto do balcão,ficando de frente a ele e o observo cozinhando.Confesso,as comidas do meu pai eram exeplendidas,inclusive as sobremesas.
- Sabe pai...apesar de tudo,eu te amo e sinto muito por te deixar triste com a forma que eu te trato. - abaixo a cabeça.
- Que forma? - ele continua  cozinhando.
- A,sabe,eu sempre coloquei a culpa em você sobre o que aconteceu naquele aniversário.Eu passei dos limites naquele dia...
- Sn, você não tem culpa de nada.Todos esse anos você vem se culpando por algo que nem foi você que começou. Se eu  tivesse pegado leve na bebida,talvez era pra estarmos bem. - ele vem até mim e me abraça e eu retribuo,algumas lágrimas escorrem pelas minhas bochechas,minha pele fica avermelhada.
- Não precisa chorar. - ele nota e então segura meu rosto enquanto limpava as lágrimas com os polegares.
- Desculpa. - limpo o rosto dando uma fungada.

  O restante da noite foi calma,depois da nossa conversa eu ajudei ele a fazer a janta,conversamos diversos assuntos pra esquecer o que tivemos poucos minutos atrás.Enquanto ele termina de cozinhar,fui pra sala de jantar arrumar a mesa,levei comigo os pratos,talheres e os copos,não demorou muito para meu pai começar a trazer as comidas,ele posicionou todas no centro da mesa e nos sentamos pra comer.
- Vai querer ir pra mansão? - diz e da uma garfada na comida.
-  Pode ser. - dou um gole na água.
- Então partiremos na terça,ok?
- Claro.

  Depois que terminamos de jantar,recolhi toda a louça da mesa e levei pra cozinha,enquanto eu ia lavando,ele enxugava e guardava,terminando,nós dois fomos para nossos quartos.
- Boa noite,pai. - dou um beijo em sua bochecha.
- Boa noite filha. - ele retribui com um na testa.Entro e vou pro banheiro escovar os dentes,depois me deito na cama e começo  assisto um pouco de série na TV.
- Droga,esqueci a água.- resmungo.Desço até a cozinha de novo,pego um copo no armário e o encho de água da torneira mesmo.Quando chego no topo da escada,ouço meu pai no quarto falando com alguém ao telefone,parecia bravo.
- Eu já disse,essa turnê não vai acontece,é a única vez que eu tenho tempo com a minha filha depois de anos.- ele realmente não quer fazer a turnê pra ficar comigo,por que eu o desprezo tanto? Por uma coisinha boba de anos atrás? Que tolice.

  Saio dos meus pensamentos ao ouvir a maçaneta da porta rangir,ando de pressa até meu quarto sem qualquer barulho e fecho a porta devagar,volto pra cama e despauso a série.Não demorou muito pra  pegar no sono,meus olhos iam serrando até não conseguirem mais pararem abertos.

  Na manhã seguinte,ao me levantar,vou até o banheiro fazer minhas higienes e volto pro quarto,no canto da parede vejo que estava faltando uma das malas.
- Merda! - Desço a escadaria até a sala.
- Pai,você viu minha guitarra? Ela...A,desculpa eu não sabia que tava com visita. - vejo um rapaz de cabelos loiros meio escuro longos,olhos claros e algumas tatuagens nos braços,sentado na poltrona do canto da parede conversando com ele que estava no sofá.
- Bom filha.
- Bom dia moça. - diz com um sorriso simpático.
- B...bom dia.Não queria atrapalhar a conversa.
- Filha,esse ao Per.
- Já nos conhecemos,pai.
- Esqueci. - sorri
- Antes que voltem a conversar...éé...você viu minha guitarra?
- Não,não vi não.Você trouxe ela?
- Sim,acho que esqueci no carro. - coloco a mão na testa.- Mais uma vez,desculpa.- subo pro quarto correndo,pego meu celular no criado mundo e ligo pra minha mãe.

•Ligação on•

"  Mãe! "

" Oie filha.Aconteceu alguma coisa? "

" Não,não aconteceu nada.Mãe,você pode dar uma olhada no banco de trás do carro pra ver se eu deixei minha guitarra lá. "

" Eu tô nele agora e ...Ela tá sim. "

" Droga! "

" Que que eu leve pra você? "

" Não,não,não precisa,eu peço uma pro pai. "

" Eaí,você estão se dando bem? "

" Ééé.Ainda estamos no segundo dia juntos e vamos passar o inverno na mansão. "

" Que ótimo!! "

" É poise.Obrigada então mãe. "

" De nada filha,qualquer coisa me liga,manda mensagem. "

" Tá bom,mãe.Te amo. "

"Também te amo"

•Ligação off•

- Sn!!- ouço meu pai gritar da escada.
- oooooi!! - respondo do quarto.
- Vem cá!!
- To indo!! - guardo o celular no bolso e desço pra ver o que ele quer.
- Que foi?
- É o seguinte,você vai com o Per até a mansão,eu vou mais tarde.- o rapaz observava em pé de braços cruzados da sala.
- Mas a gente não ia na terça? - pergunto confusa.
- Estava pensando de irmos hoje,só que eu preciso organizar algumas coisas por aqui,por isso chamei o Per,ele veio te buscar pra você ir mais cedo.Eu vou sair daqui muito tarde.- diz indo pra cozinha,vou atrás dele.
- Mais pai.- digo manhosa.
- Ele é de confiança s/n. - põe as mãos nos meus ombros.
- Tá né,fazer oque. - reviro os olhos e vou até a sala. - Só vou pegar as minhas malas e já desço. - aviso Per.
- Eu te espero.- sorri de canto.Subo pro meu quarto,pego tudo o que tinha pra pegar,dou mais uma olhada ao redor do quarto pra ver se não esqueci nada,e bom,estava tudo em ordem,pego duas malas de cada vez e as levo até o fim da escada.
- Quer ajuda? - Per oferece.
- Por favor.É o primeiro quarto a direta. - apoio às malas no chão.Quando ele passa ao meu lado pra subir as escadas,um cheiro forte de perfume é deixado pra trás.

  Quando Per estava trazendo a última mala pra baixo,ele da uma leve esbarrada no meu ombro.
- Desculpa. - sorri tímido,nessa hora senti que minhas bochechas corarem.
- Tem nada. - dou um sorriso simpático e pouco vergonhoso.

  Levamos as malas pra fora e as colocamos no porta malas.
- Te espero lá pai.- te dou um abraço.
- Vai ser rápido. - ele me dá um beijo na testa.Caminho até o carro,Per já me esperava com o carro ligado,me junto a ele no banco da frente do passageiro,coloco o cinto e partimos.

Graças Ao Pai  | Per Eriksson(Sodo) × Leitora  Onde histórias criam vida. Descubra agora